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Compete tem mil milhões para adiantar às empresas

Novo mecanismo será lançado a 31 de julho e será promovido pelo Banco de Fomento junto das empresas. Objetivo é acelerar execução. Candidatos terão de ter já concretizado já 5% do investimento.
25 Julho 2025, 07h33

O Compete 2030 tem mil milhões de euros para adiantar às empresas que estejam a fazer investimentos com fundos comunitários, promovendo a aceleração na concretização de projetos no âmbito do PT2030.
“As empresas vão ter a possibilidade de solicitarem um adiantamento de 40% do incentivo aprovado, mediante uma garantia atribuída pelo Banco de Fomento através das sociedades de garantia mútua”, revelou Alexandra Vilela, presidente do Compete 2030, esta quinta-feira.
Os mil milhões disponíveis, um limite máximo, representam, assim, um investimento total de 2,5 mil milhões de euros. As empresas já podiam pedir adiantamentos com base em garantias da banca comercial, mas o que acontecerá agora, com o novo mecanismo, é que o processo não terá custos.

“O Banco de Fomento faz a garantia e a contragarantia, portanto não há um risco de incumprimento para o setor publico, mas permite às empresas ter quase metade do incentivo aprovado”, explicou Alexandra Vilela.
Nesta altura, estão a ser preparadas com o Banco Português de Fomento as condições de acesso a este novo produto, este mecanismo, que será lançado na próxima semana, a 31 de julho.
“Não será automático, as candidaturas terão de ser sempre analisadas”, disse ao Jornal Económico fonte ligada ao processo.
O Banco de Fomento fará depois a promoção comercial para informar as empresas.
As empresas que pretenderem este adiantamento terão já de ter iniciado o investimento previsto, tendo garantido que pelo menos 5% do investimento está concretizado.

Com este mecanismo, não só se acelera a execução dos projetos financiados por fundos comunitários, reduzindo o tempo de espera das empresas, como também permite que Portugal possa prestar contas a Bruxelas atempadamente, mostrando evolução.
Alexandra Vilela, que participou nos “Encontros Fora da Caixa”, promovidos pela Caixa Geral de Depósitos e que decorreram em Amarante, esta quinta-feira, anunciou, ainda, outra novidade que vai ser lançada em setembro.
“Em setembro lançamos o novo instrumento de inovação produtiva em funcionalidade híbrida, metade em subvenção a fundo perdido e outra metade de instrumento financeiro”, disse. “Portanto, num empréstimo contraído junto da banca, nós damos 25% de incentivo Feder e ainda pagamos as majorações e custos do empréstimo”, explicou.

Os “Encontros Fora da Caixa” são eventos que se têm afirmado como espaços de reflexão estratégica sobre os grandes temas da economia nacional. Desta vez, a “Internacionalização da economia, aplicação dos fundos comunitários” foram os temas em debate.

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