Concelho da Batalha disponibiliza-se para receber refugiados afegãos

A Câmara da Batalha mostrou esta segunda-feira disponibilidade, junto do Governo, para acolher afegãos que tenham fugido do seu país.

Em comunicado, a Câmara da Batalha sublinhou que “em parceria com empresas locais, manifestou hoje junto do Governo a sua disponibilidade para a colaboração nos esforços de apoio ao povo afegão”.

“O município da Batalha sente-se comprometido com a defesa dos Direitos Humanos e da liberdade de expressão. São por muito preocupantes as imagens a que temos assistido em Cabul, no Afeganistão, onde as mulheres, crianças e muitas famílias correm risco de vida”, sublinha o autarca local do PSD, Paulo Batista Santos.

De forma a assegurar um acolhimento imediato, a autarquia vai contar “com o apoio de IPSS e empresas locais que oferecem condições de integração e de emprego, além do alojamento temporário e apoio clínico, condições essenciais no acolhimento de urgência, tendo no momento capacidade para receber até duas famílias ou um grupo máximo de oito/dez pessoais”.

Quanto aos refugiados, o Paulo Batista Santos recordou que a Batalha acolheu, desde 2016, “algumas famílias de refugiados oriundas do Iraque, sendo um processo de integração de sucesso e reconhecido Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados”.  “Naquela ocasião, como hoje, a nossa sociedade não pode ser indiferente na ajuda e acolhimento a quem foge das atrocidades da guerra e luta pela sua sobrevivência”, frisa Batista Santos.

Os talibãs criaram novo governo no Afeganistão e desde a sua invasão a Cabul que milhares tentam sair do seu país. Os EUA conseguiram retirar 28 mil afegãos, segundo declarações do presidente Biden, e a a Austrália já ajudou mais 470 pessoas do Afeganistão a sair do país.

O caos continua instalado no aeroporto de Cabul o que tem dificultado a realização de viagens. No entanto, os talibãs demonstram-se pouco compreensivos e já rejeitaram a possibilidade de ser estendido o prazo de retirada de tropas norte-americanas e da coligação NATO. As tropas têm até ao final do mês de agosto para sair do Afeganistão.