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Concelhos em alerta. Só Cabeceiras de Basto dá o passo atrás no desconfinamento

O cordão sanitário manter-se-á nas duas freguesias de Odemira. Ainda assim, a ministra Mariana Vieira da Silva diz que a redução da incidência do vírus “é um sinal de uma pandemia que se encontra controlada, pese embora a existência de surtos”.
6 Maio 2021, 18h59

O Governo reviu esta quinta-feira o ritmo de desconfinamento nos concelhos de maior risco de contágio e estipulou que quatro municípios – Aljezur, Miranda do Douro, Portimão e Valongo – têm luz verde para avançar para a quarta e última fase, ficando assim ao nível da maioria dos concelhos portugueses.

Assim, nestes quatro concelhos será possível ter em funcionamento restaurantes e espetáculos até às 22h30, comércio até às 21h00 (nos dias úteis), organizar casamentos e batizados com uma lotação limitada 50% do salão ou aulas de grupo nos ginásios, por exemplo.

Porém, Carregal do Sal, Odemira (as duas freguesias em cerca sanitária), Paredes e Resende têm de manter as regras. Logo, a resolução aprovada em Conselho de Ministros – que alterou as medidas aplicáveis a determinados concelhos no âmbito da situação de calamidade – estabelece que a cerca sanitária continuará em Longueira-Almograve e São Teotónio.

“Nos últimos dois meses, desde que anunciámos o calendário do desconfinamento, aquilo que verificámos é que os níveis de incidência reduziram para quase metade, passando de 118,49 para 59 por 100 mil habitantes a 14 dias. Este é um sinal de uma pandemia que se encontra controlada, pese embora a existência de surtos e situações de contágio nalguns locais”, referiu a ministra de Estado e da Presidência, no briefing do Conselho de Ministros.

O único concelho em alerta que terá de dar o passo atrás é ​Cabeceiras de Basto, onde se aplicarão as regras do nível 2 do plano de desconfinamento do Governo, referentes a 19 de abril. Ou seja, permite-se a abertura de todas as lojas e centros comerciais, cinemas, teatros, auditórios, salas de espetáculos; os restaurantes, cafés e pastelarias estão limitados a quatro pessoas por mesa no interior ou seis por mesa em esplanadas e as lojas de cidadão permitem atendimento presencial por marcação prévia.

“Podemos claramente dizer que o país se encontra, como um todo, na zona verde, apesar de ter oscilado. São estas as condições que determinam que a maioria do país possa avançar no desconfinamento.”, afirmou Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa.

Na lista de concelhos em alerta por causa do vírus, composta por 23, houve nove que saíram (Alijó, Batalha, Boticas, Cabeceiras de Baixo, Cinfães, Peso da Régua, Póvoa de Lanhoso, Tabuaço e Vila Real de Santo António) e seis que entraram (Alvaiázere, Fornos de Algodres, Golegã, Ponte de Lima, Santa Comba Dão e Vale de Cambra).

“Considerando que a situação epidemiológica tem variado em curtos períodos de tempo, o Governo decidiu que, não obstante as medidas continuem a ser revistas apenas de 15 em 15 dias, o âmbito de aplicação territorial das mesmas passa a ser revisto semanalmente para que as medidas especiais aplicáveis em cada município ou freguesia tenham em conta, de forma mais atualizada, a situação epidemiológica”, detalhou o Governo, em comunicado.

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