O Conselho de Administração da AdC, na terça-feira, deliberou adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração, considerando que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional.
A produtora de energia renovável tinha notificado no início do mês o regulador da compra do controlo exclusivo da empresa portuguesa Rose-HS1, detida e controlada em exclusivo pela Luxbon Solar e cuja atividade principal é avaliar e desenvolver infraestruturas, serviços, projetos e estudos, designadamente de energias renováveis.
O negócio – segundo informou o grupo Finerge em comunicado uma semana antes da notificação à AdC – representa um aumento de 47% da capacidade instalada de energia solar da Finerge, que detém seis centrais fotovoltaicas em Espanha, diversificando o portefólio, onde predomina a energia eólica.
A compra à Luxbon Solar surgiu depois de, em abril, o grupo Finerge ter notificado a AdC da sua entrada no negócio da energia solar em Portugal, através da compra de quatro centrais fotovoltaicas à Glenmont Partners, uma sociedade gestora, com sede no Reino Unido, especializada em ativos de geração de energias renováveis.
A Finerge dispõe, atualmente, de 46 parques eólicos e 10 parques solares em Portugal, bem como uma capacidade instalada de 47,6 MW.
Fundada em 1996, a empresa tem 659 aerogeradores instalados nas 53 centrais eólicas que explora e nas 16 centrais solares e fotovoltaicas na Península Ibérica.
No total, a empresa tem uma capacidade instalada de 1.339 MW, produzindo cerca de 3.200 gigawatts por hora (GWh) ao ano, e emprega, direta e indiretamente, sensivelmente, 200 trabalhadores.
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