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Confederação do Turismo alerta para custos da recuperação (com áudio)

A CTP aponta que eliminar ou reduzir custos de contextos passa por o Governo encontrar mecanismos de compensação para ajudar as empresas a confrontar as despesas que têm um peso relevante na estrutura de custos.
24 Setembro 2021, 11h21

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) alertou esta sexta-feira que a retoma da atividade turística depende de uma redução significativa dos custos suportados pelas empresas no contexto da pandemia. A organização defende que as empresas devem receber compensações para fazer face aos atuais aumentos de preço da energia elétrica e dos combustíveis, sendo que se devem verificar apoios públicos e a diminuição da carga fiscal.

“Os custos de contexto estão a afetar de forma exponencial a competitividade do setor do turismo, numa altura em que esta atividade económica fundamental para a geração de riqueza e emprego necessita de se refortalecer para recuperar destes quase dois anos de pandemia”, sustenta Francisco Calheiros, presidente da CTP.

A CTP aponta que eliminar ou reduzir custos de contextos passa por o Governo encontrar mecanismos de compensação para ajudar as empresas a confrontar as despesas que têm um peso relevante na estrutura de custos. Relativamente ao preço dos combustíveis, a CTP defende a redução dos impostos, nomeadamente o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que “no conjunto representam mais de 60% da fatura do consumidor final”.

“Precisamos de ter uma baixa de impostos. A carga fiscal é, de facto, demasiado elevada e este é um dos principais custos de contexto que mais está a prejudicar a competitividade das empresas do turismo. É fundamental que haja desagravamento fiscal, nomeadamente ao nível do IRC e do IVA,” afirma Francisco Calheiros.

A entidade considera ainda que é necessário eliminar a excessiva regulação laboral e incentivar um código de trabalho mais flexível, com regras que ajudem as empresas e não que acarretem mais custos. A CTP aponta que é “fulcral” que o código de trabalho “não regrida ainda mais em relação à reforma de 2019”, que na opinião da organização veio diminuir a capacidade de gestão das empresas no que diz respeito ao mercado de trabalho e utilização da contratação a termo.

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