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Confiança continua a cair de forma transversal na economia portuguesa

Os dados mais recentes do INE mostram nova queda transversal da confiança nos agentes nacionais, quer do lado dos consumidores, quer das empresas. A nota positiva vai para a desaceleração das expectativas de preços de venda, o que deve ajudar na luta contra a inflação.
30 Outubro 2023, 12h27

A confiança dos consumidores e empresários nacionais continua a cair, dando sequência à tendência registada nos últimos meses, com recuos transversais a todos os sectores de atividade. A boa notícia é que as expectativas de preços de venda também têm vindo a cair e de forma transversal, deixando antever menos pressão inflacionista nos próximos meses.

Os dados divulgados pelo INE esta segunda-feira mostram novo recuo dos índices de confiança dos consumidores e empresários portugueses entre agosto e outubro, isto depois de ambos os indicadores terem registado máximos deste ano no verão. Do lado dos consumidores, tanto a situação atual, como as expectativas quanto à evolução de curto-prazo do rendimento são fontes de fraquezas, sendo que apenas no capítulo das compras importantes as famílias registam perspetivas positivas.

Do lado dos empresários, todos os sectores de atividade (indústria, construção, comércio e serviços) registaram deteriorações das condições, levando a expectativas mais negativas. A indústria é o segmento com piores perspetivas, com um agravamento claro da procura global atual. No mesmo sentido, os subíndices relativos às expectativas de emprego e de preços abrandaram, embora se mantenham em terreno positivo, refletindo a expectativa de crescimento destas dimensões.

O cenário na construção não é muito distinto, embora com expectativas de evolução dos preços de venda bastante acima do registado na indústria. Ainda assim, o sector espera que a atividade nos próximos meses continue a crescer, com este subindicador a conseguir subir em relação ao mês anterior.

Nos serviços e comércio, nota para a expectativa de que os preços continuem a crescer, mas a um ritmo cada vez menos intenso, julgando pelo índice referente às projeções para preços de venda nos próximos três meses. De destacar ainda que, apesar das dificuldades do lado dos consumidores, o sector terciário vê um crescimento acelerado da procura, enquanto no comércio o segmento a retalho projeta ganhos nos próximos meses.

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