O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em agosto, após ter registado em julho o valor máximo desde fevereiro de 2022 na sequência dos aumentos observados desde dezembro, revela esta quinta-feira, 29 de agosto, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A evolução do indicador no último mês resultou do contributo negativo das expectativas da realização de compras importantes, da situação económica do país e da evolução futura da situação financeira do agregado familiar. Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo”, justifica.
Por seu turno, o indicador de clima económico estabilizou em agosto, tendo diminuído nos dois meses precedentes.
“Os indicadores de confiança aumentaram na Indústria Transformadora, de forma moderada na Construção e Obras Públicas e ligeiramente no Comércio, tendo diminuído nos Serviços”.
Na Indústria Transformadora, explica o INE, a evolução “deveu-se ao contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as perspetivas de produção contribuído negativamente”. De registar um aumento da confiança em todos os agrupamentos: Bens de Consumo, Bens Intermédios e Bens de Investimento.
Já nas Obras Públicas, no último mês, a evolução refletiu “o contributo positivo das perspetivas de emprego, uma vez que o saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas diminuiu ligeiramente”. Verifica-se um aumento da confiança nas divisões de Promoção Imobiliária e de Construção de Edifícios, e de Atividades Especializadas de Construção e uma diminuição na divisão de Engenharia Civil.
O Inquérito Qualitativo de Conjuntura ao Comércio revela que a evolução do indicador no último mês resultou do “contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa e das apreciações sobre o volume de stocks“, dado que as opiniões sobre o volume de vendas contribuído negativamente. Em agosto, o indicador de confiança aumentou no Comércio por Grosso e diminuiu no Comércio a Retalho.
O indicador de confiança dos Serviços diminuiu em agosto, após ter aumentado no mês precedente. “A evolução do indicador resultou do contributo negativo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído positivamente”, explica o INE.
Em agosto, o indicador de confiança diminuiu em cinco das oito secções dos Serviços, destacando-se as secções de Outras atividades de serviços e de Atividades imobiliárias.
Segundo o INE, o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em agosto na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas e no Comércio e aumentou nos Serviços.
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