Numa altura em que “Portugal está em contraciclo comparativamente a outros países europeus”, nomeadamente, a nível da incidência e o risco de transmissão do vírus SARS-CoV-2, a ministra da Saúde não descarta, para já, a possibilidade de o país voltar ao confinamento.
“Neste momento sabemos que estamos com um Rt de 1,19, elevado, e um número de novos casos por dia elevado”, começou por referir a responsável aos jornalistas, em Lisboa, esta segunda-feira. Por isso, elenca três prioridades: “continuarmos a acelerar a vacinação”, “garantir acesso a testes”, e que sejam “efetivamente utilizados pelas pessoas”; e que” algumas medidas de contenção do risco de transmissão sejam utilizadas”, fazendo referência à proibição de entrada e saída da Área Metropolitana de Lisboa durante o fim de semana.
“É importante referir que temos vacinas, capacidade de testagem e mais conhecimento sobre a forma de transmissão e forma de protegermos. Contudo, as medidas não farmacológicas nesta fase de transição podem ainda ser necessárias”, frisou.
A situação mais preocupante continua a ser a de Lisboa e Vale do Tejo, uma vez que os dados elevados de novos casos prendem-se com “a prevalência muito elevada da variante Delta, cuja a transmissibilidade é mais elevada”, e que neste momento confirmam que já existe uma transmissão comunitária na região.
“Neste momento assistimos a uma predominância da variante Delta na região de Lisboa e Vale do Tejo que estamos a tentar que entre nas outras regiões do país numa fase em que as pessoas estejam mais protegidas, pela vacinação“, explica. O objetivo, neste momento, “é ganhar tempo para mais pessoas estarem vacinadas” e por isso apela que as pessoas respeitem a segunda toma da vacina.
Marta Temido, que anunciou que “a semana passada foi a melhor em termos de número de vacinação por cada dia útil”, disse ainda que “o objetivo é, em julho, conseguimos atingir mais de 130 mil vacinas administradas por dia”. A task force para a vacinação, garante, “tem estado a trabalhar intensamente no sentido de maximizar todas as oportunidades de vacinação em termos de disponibilidade de vacinas, que é sempre uma limitação, em termos de aproveitamento de agendamentos, e dos recursos afetos a este processo”, explica, acrescentando que “é uma batalha que ainda vai ser longa”.
Temido fala também num “problema de imagem do país, que tem repercussões económicas e na nossa forma de vida social”.
“Num contexto em que a maioria dos países europeus estão com números que são de decréscimo da transmissão das infeções, evidentemente que esta situação em que o país está, de contraciclo, nos é desfavorável, em termos internos porque há pessoas que se estão a infetar e a ter consequências na sua saúde, na sua relação com o trabalho, e em termos externos”, concluiu, em declarações divulgadas pela RTP.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com