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Congresso dos EUA negoceia orçamento federal a uma semana de entrar em paralisia

Os congressistas têm até 20 de dezembro para adotar uma medida de financiamento – ainda que temporária – dos serviços públicos federais, caso contrário os Estados Unidos entrarão num novo ‘shutdown’, que provocará o desemprego técnico para centenas de milhares de funcionários públicos, congelamento de várias prestações sociais e encerramento de diversas creches.
Senado dos Estados Unidos
13 Dezembro 2024, 16h56

O Congresso norte-americano volta hoje a tentar encontrar um acordo orçamental que evite a paralisia do Estado federal, uma semana antes do fim do prazo e à medida que se aproximam as festas de fim de ano.

Os congressistas têm até 20 de dezembro para adotar uma medida de financiamento – ainda que temporária – dos serviços públicos federais, caso contrário os Estados Unidos entrarão num novo ‘shutdown’, que provocará o desemprego técnico para centenas de milhares de funcionários públicos, congelamento de várias prestações sociais e encerramento de diversas creches.

O líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, apelou na quinta-feira à “cooperação entre os dois partidos” para um acordo, sem a necessidade de recorrer a disposições controversas.

O financiamento dos serviços federais é um tema frequente de discórdia nos Estados Unidos, e agora até mesmo no campo republicano, onde se travam lutas internas entre conservadores moderados e apoiantes do Presidente eleito, Donald Trump, que defendem um severo emagrecimento do Estado federal.

Em causa, estão mais de 100 mil milhões de dólares (cerca de 95 mil milhões de euros) em ajuda contra desastres naturais solicitados por Joe Biden, depois de dois furacões devastadores em setembro e outubro.

O líder da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, defende a adoção de uma solução limitada, que garanta o financiamento federal apenas até março.

Os republicanos vão recuperar a maioria no Senado no início de janeiro, quando os recém-eleitos tomarem posse, enquanto Donald Trump regressa à Casa Branca a 20 de janeiro.

Mike Johnson defende que uma medida limitada no tempo permitirá aos republicanos votar mais rapidamente num novo orçamento que financie a agenda política de Donald Trump, particularmente no que diz respeito a iniciativas de expulsões de migrantes, exploração de petróleo e cortes de impostos.

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