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Conheça os carros mais procurados pelas frotas e os novos lançamentos

São às dezenas os modelos elétricos, eletrificados e os de motorização térmica que as marcas colocam à disposição das frotas. Conheça as maiores novidades de todas as marcas.
5 Março 2019, 16h30

As marcas têm os seus modelos “estrela” mas há grandes novidades para os próximos três anos. Conheça boa parte do futuro mercado automóvel em Portugal.

E por falar em estrelas, comecemos pela marca da “estrela”, ou seja pela Mercedes-Benz. Antes de mais, a mudança do paradigma para a eletrificação é claramente um dos drivers do futuro da marca germânica. André Silveira, da direção de comunicação da MB Portugal afirma que existe uma procura crescente pelos veículos plug-in hibrid e daí o reforço da oferta para 2019. Ficarão disponíveis veículos híbridos a gasolina, caso do novo A 250, B 250 e classe C 300 e, também disponível na versão station, e ainda o GLC 300 e, o GLC 300 e coupé, o Classe E 300 e, e ainda o Classe S 560 e. Vão juntar-se os modelos diesel, com destaque para o Classe C 300 de, o Classe C 300 station, o Classe E 300 de, o Classe E 300 de station e para o final do ano a empresa tem previsto oferecer o GLE 350 de. Para o futuro de médio prazo está previsto a chegada do primeiro modelo totalmente elétrico da marca EQ, o EQC 400.

A procura por frotas centrou-se muito no Classe A. Recorde-se que o modelo chegou a Portugal em 2012 e já vai na 4ª geração. A procura na MB também se centra na gama compacta B, CLA e GLA, sendo que tem forte procura o SUV da gama média o GLC e o classe C nas versões limousine e station.

Uma das marcas líder no mercado nacional, a Nissan, mantém dois vencedores recorrentes, o Qashqai e o elétrico Leaf. As frotas estão apostadas ainda na carrinha e-NV200. António Pereira Joaquim, da direção de comunicação, salienta a “maior consciencialização para as questões ambientais, com as empresas a terem uma abordagem racional e económica, e tanto do ponto de vista fiscal como do ponto de vista dos custos de utilização”. Os serviços associados mais relevantes são os seguros e manutenção. Salienta o serviço “Promessa Cliente Nissan”, e que mais não é do que “um compromisso que assumimos com todos os nossos clientes e que inclui viatura de cortesia gratuita em qualquer intervenção; assistência Nissan para toda a vida, seja qual for a antiguidade do veículo; equiparação dos preços dos serviços e check-up gratuito ao veículo”. Pedro Machado, fleet manager da Audi salienta que desde a introdução da Tributação Autónoma que as empresas tentam reduzir o mais possível a sua base de tributação e, por isso, tentam adquirir viaturas que se enquadrem nos patamares da TA, nomeadamente nos 25 mil euros. Na Audi, a maior procura vai para os modelos A3 Fleet Edition e o A4 Fleet Edition. Refere o gestor que “em cada dois carro Audi vendidos para frotas, um tem enquadramento fiscal na TA”. A nível de estratégia dos frotistas, o gestor salienta que a alternativa dos híbridos plug-in está a responder às necessidade das empresas. Sustenta que o “facto de permitir alguma autonomia em modo totalmente elétrico e ter a salvaguarda de ter um motor a gasolina/diesel, permite maior flexibilidade e tem menos impactos ao nível dos carregamentos, até porque estes carros têm uma boa capacidade para regenerar as baterias em andamento”.

A Jaguar Land Rover tem quatro modelos de forte procura pelas frotas, caso do Range Rover Evoque 2.0d eD4 2WD de 150 cavalos na versão Manual Pure; ainda o Velar 2.0 TD4 AWD de 180 cavalos auto, enquanto a Jaguar tem o E-Pace 2.0 eD4 de 150 cavalos Manuel Pure, e o F-Pace 2.0d de 180 cavalos na versão Auto Prestige. Javier Agote, diretor geral comercial da marca para a Ibéria, salienta as encomendas do I-Pace que está no limite dos 62.500 euros mais IVA, e tendo em conta as regras fiscais, tem tido forte procura, “já que se pode reaver o IVA e tem isenção de ISV, estando também as empresas isentas do pagamento de Tributação Autónoma”. Recorde-se que este veículo tem uma autonomia de fábrica de 450 quilómetros. Serviço e fiabilidade é aquilo que as empresas procuram, segundo o gestor, que realça o programa “Customer First” e onde são aplicados os princípios do tratamento personalizado, da confiança, da simplicidade da comunicação, da credibilidade e da atenção ao detalhe. De destacar o sistema de segurança “Incontrol Secure e Protect” que permite à gestora de frotas saber onde estão os veículos e os quilómetros que eles têm.

Para o líder Renault, são o Clio e o Mégane os comerciais ligeiros mais procurados pelas frotas, enquanto a marca Dacia está vocacionada para as vendas a clientes particulares e o peso nas frotas é residual. Entre os serviços mais procurados pelas frotas, diz Ricardo Oliveira, diretor de comunicação e imagem da Renault, que tudo se centra no “acesso fácil e rápido às soluções de manutenção e reparação”. Aliás, a Renault com a organização “Pro+” que cobre todo o país, “dispõe de serviços especialmente adaptados para os clientes profissionais, sejam eles de automóveis de passageiros ou de comerciais”.

As frotas estão com “um maior interesse em veículos eletrificados e (sente-se) um aumento significativo de opção por esse tipo de veículos por parte das frotas”, afirma João Seabra, diretor geral da Kia Portugal. Os modelos mais procurados pelas frotas são o Rio, o Ceed, o Niro e o Sportage. A procura das frotas centra-se na eficiência e rentabilidade e com os incentivos aos elétricos e eletrificados, a decisão do gestor de frota é simples, diz o mesmo gestor, o carsharing é uma das soluções e a Kia tem uma empresa do segmento a operar em Madrid e Seul que utiliza os Niro HEV.

Na VW, a opção das frotas vai para o Polo e o Golf, incluindo o modelo Variant e que são tradicionalmente muito competitivos nas grandes frotas, diz o diretor de marketing estratégico da SIVA, Ricardo Tomaz. Frisa ainda o sucesso do Passat no caso dos “users-choosers”, a par da prestação do Arteon TDI de 150 cavalos e “cuja proposta de valor foi reforçada em 2018”. No caso da Skoda é o Octavia Break o “ponta de lança”, embora o Kodiaq já tenha expressão neste segmento, diz o mesmo gestor. Sabemos que em maio será lançado para o mercado de frotas o Skoda Scala, algo que fará a diferença neste mercado. As frotas querem “conveniência na gestão dos custos financeiros das suas frotas. O “tudo incluído” é um fator determinante nas propostas de valor a estes clientes. E os serviços que incluímos têm de ser diferenciadores”, diz Ricardo Tomaz, que a concluir afirma que “a mobilidade elétrica é um mundo de oportunidades para criar e propor novos serviços às empresas que comprarem carros elétricos”.

Ainda uma outra marca premium, a BMW, cujo peso das frotas é mais de metade das vendas globais, tem oito modelos com forte interesse junto daquele mercado. Trata-se do Série 5 berlina, o Série 1 de 5 portas, o Série 4 Gran Coupé, o Série 5 Touring, o X1, o Série 3 berlina, o Série 3 Touring, e o Série 2 Active Tourer. João Trincheiras, diretor de comunicação da marca, salienta o interesse dos clientes pelos serviços digitais BMW Connected Drive. Diz: “Os clientes procuram veículos com baixas emissões, com otimização fiscal das frotas e ainda serviços BMW Service Inclusive e o MINI Service Inclusive”. Realça o crescimento forte do corporate carsharing e que serão alternativas à mobilidade nas empresas ao longo dos próximos anos. A Volvo tem as estrelas colocadas nos modelos V40 e na carrinha V60, e sobretudo nas versões híbridas plug-in para o V60, XC 60, XC90, S90 e V90. Refere Nuno Silva, fleet sales manager da marca sueca que “os clientes privilegiam o design, a tecnologia intuitiva e a segurança, e já há gestores de frotas que procuram cada vez mais os serviços complementares da marca que agilizem a vida do automóvel nas suas empresas e a gestão facilitada da frota”. A Opel tem os pontos fortes para este mercado no Astra, no Insignia e no comercial Combo. Miguel Tomé, da direção de comunicação da marca, diz que nos dois primeiros é a versão especial ‘Business Edition’ aquela que tem “conteúdo de equipamento especificamente ajustado às preferências de clientes empresariais”. Estes, diz o diretor da Opel, procuram a “otimização de custos de utilização e de manutenção, mas há outros parâmetros decisivos como soluções de mobilidade diversas e respostas rápidas”.

A Lexus está muito otimista perante a evolução dos Valores Residuais da marca em face dos concorrentes e em particular das marcas com diesel, diz Nuno Domingues, diretor geral da Lexus Portugal. Frisa que os benefícios fiscais associados aos 100% elétricos e aos híbridos plug-in têm um impacto grande nas decisões de compra dos clientes empresariais mas, sublinha que “todos os modelos Lexus são híbridos, pelo que não usufruem dos benefícios fiscais associados a estas tecnologias. Não obstante, os benefícios da tecnologia híbrida da Lexus têm-lhe valido um aumento consistente de representatividade no mercado empresarial”. Os modelos mais procurados pelas frotas são o IS300h, o NX300h, o CT200h e o RC300h, sendo que a marca considerou positivamente surpreendente o interesse por este último modelo por parte das frotas. O gestor salienta que para as frotas é valorizado a cedência de viaturas de cortesia. São ainda valorizados os sistemas de segurança ativa e passiva, sendo que o “aumento da segurança rodoviária e a consequente redução do número de sinistros já constituem uma prioridade para muitas empresas”, diz o gestor, que realça a oferta daquilo que considera ser um dos mais avançados sistemas de segurança do mercado, o ‘Lexus Safety System’.

Do lado da MB Vans, o realce vai para o interesse das frotas nos modelos das gamas Vito e Sprinter com pesos superiores a 80% sobre as vendas totais. A empresa vai inovar no negócio dos comerciais ligeiros com o lançamento em 2019 do Mercedes-Benz eVito para o segmento de furgões médios, afirma Mariana Cunha, do departamento de comunicação da empresa. Acrescenta que para as frotas é relevante o preço, a par do consumo e da fiabilidade da marca e dos modelos. Conclui que “a tecnologia na gestão das frotas é o ponto que está ser valorizado pelos clientes da MB Vans”.

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