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Conselho de Redação do CM/CMTV renuncia e lamenta desinteresse dos jornalistas

É dado como exemplo, em comunicado, o facto de “em 17 meses de funções o Conselho de Redação apenas” ter sido “por duas vezes formalmente interpelado por escrito por jornalistas do CM/CMTV (em ambos os casos situações que foram encaminhadas para os delegados sindicais por se tratarem de assuntos fora” das suas das competências)”.
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1 Abril 2025, 17h09

Os membros eleitos do Conselho de Redação (CR) do Correio da Manhã/CMTV renunciaram coletivamente aos cargos para os quais foram eleitos em novembro de 2023, lamentando o “desinteresse dos jornalistas” nos assuntos que lhes dizem respeito.

“A decisão de renúncia depois de cinco meses em que os membros eleitos se mantiveram em funções na esperança de que a redação se mobilizasse justifica-se com a utilidade para o CM/CMTV de um novo Conselho de Redação, devidamente legitimado por eleições”, justifica o órgão, em comunicado datado de 31 de março a que a Lusa teve hoje acesso.

Os membros eleitos do CR “que agora renunciam não podem deixar de lamentar o desinteresse dos jornalistas de todas as plataformas do universo CM/CMTV nos assuntos que lhes dizem respeito particular e coletivo”, refere o órgão.

O CR exemplifica com o facto de “em 17 meses de funções o Conselho de Redação apenas” ter sido “por duas vezes formalmente interpelado por escrito por jornalistas do CM/CMTV (em ambos os casos situações que foram encaminhadas para os delegados sindicais por se tratarem de assuntos fora das suas das competências)”.

Os membros que renunciam agora “agradecem a permanente disponibilidade do diretor Carlos Rodrigues em reunir e agradecem ainda aos jornalistas do CM/CMTV, esperando que procurem organizar-se o quanto antes para a eleição de um novo Conselho de Redação, ao qual deem a maior confiança e solidariedade na prossecução dos objetivos”.

Em jeito de balanço, os membros eleitos salientam que durante 17 meses reuniram-se em “mais de duas dezenas de ocasiões com o diretor do CM/CMTV, Carlos Rodrigues, ao qual apresentaram dúvidas e propostas e manifestaram preocupações em relação a assuntos de grande relevância para os jornalistas e redação”, entre os quais processo de avaliação, correção de erros e incorreções que subsistem na informação passada pelo CM e pela CMTV e reforço, com qualidade, das equipas editoriais, entre outros pontos.

“Ao mesmo diretor e aos jornalistas do CM/CMTV foram sempre disponibilizadas as funções do Conselho de Redação” como dar pareceres ao diretor, que não são vinculativos, quando necessário e quando for solicitado, cooperar com o diretor e direção na definição das linhas de orientação do jornal e pronunciar-se, com voto deliberativo, sobre todos os setores da vida e da orgânica do jornal relativas ao exercício da atividade profissional dos jornalistas, lê-se no comunicado.

Inclui ainda pronunciar-se acerca da admissão, sanções disciplinares e despedimentos de jornalistas profissionais, analisar todas as questões do seu âmbito que lhe sejam apresentadas por qualquer jornalista do CM/CMTV e pronunciar-se sobre elas e cooperar com os delegados sindicais, salvaguardadas as atribuições específicas desse órgão.

“A cooperação foi a possível dentro da informação que foi sendo disponibilizada, maioritariamente a pedido do Conselho de Redação e sempre comunicada aos jornalistas através de comunicados por ‘email’ e afixados no quadro existente para esse efeito na redação”, adianta o CR.

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