O Conselho de Segurança das Nações Unidas votou favoravelmente um segundo mandato do português António Guterres como secretário-geral da ONU, segundo avançou há momentos vários órgãos de comunicação social. O ex-primeiro-ministro de Portugal, de 72 anos, está no cargo desde 2017 e não tinha no horizonte qualquer candidatura concorrente, o que de algum modo que assegurava a vitória da sua própria candidatura, anunciada em janeiro passado.
Nos bastidores, havia notícia de que vários outros interessados poderiam avançar com candidaturas alternativas, mas o certo que não surgiram candidatos formais porque nenhum dos 193 países membros da ONU as subscreveu.
Durante uma breve sessão à porta fechada, o Conselho de Segurança votou unanimemente para recomendar à Assembleia Geral que atribua a António Guterres outro mandato, disse o atual presidente do conselho, o embaixador da Estónia Sven Jurgenson. A aprovação da Assembleia Geral é uma formalidade e deverá ocorrer em breve.
Durante seu primeiro mandato, Guterres foi forçado a concentrar-se em limitar os danos potenciais da política externa unilateral, nacionalista e cautelosa em alianças de Donald Trump. Mas teve também de se haver com fortes críticas vindas de diversos quadrantes que afirma que a ONU está a precisar de refrescar a sua estrutura e de ser mais atuante em termos práticos. Guterres parece concordar com essa necessidade, mas o peso da estrutura não permite que a organização se mova ao ritmo que alguns pretendiam.
Como sempre, a ONU está a trabalhar em várias frentes – com a África, nomeadamente a Líbia e Moçambique, e a Ásia (com o Médio Oriente e o Afeganistão no topo da lista) a serem as geografias mais difíceis de gerir.
Mas nem a Europa tem deixado Guterres em paz: a Ucrânia, a Bielorrússia e os Balcãs estão também no interior do radar das Nações Unidas como regiões a precisarem de forte atenção.
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