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Conselho de supervisão da Lufthansa aprova plano de resgate

Os acionistas vão pronunciar-se sobre o acordo para uma ajuda estatal à companhia de 9 mil milhões de euros no próximo dia 25 de junho, numa assembleia-geral extraordinária que decorrerá por videoconferência.
1 Junho 2020, 17h32

O conselho de supervisão da Lufthansa aprovou hoje o plano de resgate da companhia aérea, após um acordo alcançado na sexta-feira entre o Governo alemão e a Comissão Europeia sobre uma ajuda de 9 mil milhões de euros.

“Após intensas negociações, decidimos aprovar a proposta que foi submetida pelo conselho de administração. Recomendamos aos nossos acionistas que façam o mesmo”, declarou o presidente do conselho, Karl-Ludwig Kley, citado num comunicado.

Os acionistas vão pronunciar-se sobre o acordo para uma ajuda estatal à companhia de 9 mil milhões de euros no próximo dia 25 de junho, numa assembleia-geral extraordinária que decorrerá por videoconferência, segundo o comunicado.

Na quarta-feira passada, o grupo aéreo alemão Lufthansa adiou a aprovação do plano de resgate negociado com o Governo alemão devido às condições estabelecidas pela Comissão Europeia.

Nesse dia, a Lufthansa informou que o conselho de supervisão discutiu a aprovação do plano para atenuar as consequências na companhia da pandemia de covid-19 e tomou nota das condições da Comissão Europeia, tendo considerado que debilitariam a sua função nos aeroportos de Frankfurt e Munique.

Mas, dois dias depois, na sexta-feira, foi anunciado que Berlim e Bruxelas chegaram a acordo sobre as principais condições para que a operação avance.

A Lufthansa deverá deixar mais espaço à concorrência nos dois principais aeroportos alemães, indicou na altura o grupo em comunicado, acrescentando que decidiu “aceitar as concessões”, cuja “dimensão foi reduzida” em relação ao que tinha sido inicialmente proposto.

Há uma semana, a Lufthansa e o Governo alemão indicaram que chegaram a acordo sobre um plano de ajuda de 9 mil milhões de euros, com o Estado a tornar-se o primeiro acionista do grupo com 20% do capital.

O Estado, que regressa ao capital da companhia aérea após 20 anos de ausência, aprovou o plano através de um fundo de estabilidade económica do Governo federal (WSF), criado para atenuar as consequências da pandemia de covid-19.

O acordo foi anunciado após longas negociações sobre a ajuda, que se destina a evitar a falência da transportadora, numa altura em que o setor aéreo atravessa uma grave crise.

 

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