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Construção: Quase metade dos pedidos de orçamento sem resposta

Estudo da Fixando indica que 37% das empresas fecham para férias em agosto e 19% apontam o encerramento de fornecedores como um fator que limita de forma significativa a sua capacidade de resposta. Um problema que se intensifica devido à escassez de mão de obra no país e que se acentua durante o verão.
construção
23 Agosto 2024, 12h08

Os portugueses estão a sentir dificuldades para realizar obras nas suas habitações no período do verão devido à falta de mão de obra no sector da construção, desde logo para os pedidos de orçamento, onde quase metade dos pedidos ficam sem resposta, de acordo com um estudo feito pela Fixando.

Por outro lado registou-se uma subida de 19% na procura por serviços de obras em julho, face ao mês anterior, com uma projeção de crescimento de 15% no terceiro trimestre, comparativamente ao segundo, mas apenas 16% das empresas registadas na Fixando estão a aceitar novos pedidos de orçamento.

A plataforma ligada especializada em contratação de serviços inquiriu 6.752 especialistas do sector da construção, com 37 das empresas a assumirem que fecham para férias em agosto e 19% a apontarem o encerramento de fornecedores como um fator que limita de forma significativa a sua capacidade de resposta.

Para agravar este cenário 62% dos profissionais atribuem a escassez de oferta à falta de mão de obra, um problema que se intensifica durante os meses de verão.

Outra das dificuldades apontadas pelos inquiridos passa por atrair e reter jovens para o sector das obras e remodelações, deixando um apelo para que seja feito mais investimento na formação em ofícios como a carpintaria e alvenaria e a promoção de estágios profissionais que possam captar jovens para estas áreas.

Como tal, 65% dos inquiridos defendem a necessidade de apoios à formação de mão de obra qualificada, enquanto 40% acredita que os incentivos do Governo à contratação poderiam ajudar a reverter o cenário atual.

Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, refere que “a falta de mão de obra no setor da construção não é um problema novo, mas é agravada pela migração sazonal de trabalhadores para países como França e Suíça, onde os salários são mais atrativos. É necessário um esforço conjunto entre o setor privado e as entidades públicas para garantir que o sector das obras e remodelações em Portugal consiga não só sobreviver, mas prosperar”.

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