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“Construtoras nacionais apenas ficam com 20% das obras públicas”, diz bastonário da Ordem dos Engenheiros

O desinvestimento em pessoas e equipamentos ao longo dos últimos anos foi tão grande que apenas 20% das obras públicas lançadas ficam em empresas portuguesas, afirma Carlos Mineiro Aires.
27 Setembro 2020, 19h00

As empresas nacionais têm uma década de investimento que permite sonhar com a readaptação. Mais. As empresas portuguesas têm de voltar a liderar e ganhar dimensão, alerta o bastonário da Ordem dos Engenheiros. Carlos Mineiro Aires afirma que, “depois da crise de 2009, e durante um período até 2016, 2017, o mercado de obras públicas parou”.

“Algumas empresas tiveram que partir para o estrangeiro, a chamada internacionalização, mas uma grande parte dessas empresas desapareceu. E das duas dezenas que tinham dimensão, restam duas ou três. A par disso, também se perderam cerca de 320 mil profissionais da área e fecharam 65 mil PME. Houve uma hecatombe”, defende o bastonário. Recentemente, com a reabilitação urbana, começou a aparecer algum mercado, notou.

“Ultimamente, com os fundos comunitários de 2020, foram lançadas obras públicas de forma apressada, o que não permitiu que as nossas empresas se dimensionassem a tempo. Aliás, das grandes obras públicas, apenas 20% cabem às empresas nacionais. Temos hoje uma capacidade reduzida em termos de empresas de construção e dispomos de 58 mil milhões de euros de investimento para esta década”, afirmou.

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