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Contagem decrescente para a 75ª edição da Berlinale

Já são conhecidos os 19 filmes que integram a competição da 75ª. edição do Festival de Cinema de Berlim, que decorre na capital alemã de 13 a 23 de fevereiro.
Blue Moon, de Richard Linklater
24 Janeiro 2025, 13h12

Coube à nova diretora do Festival de Cinema de Berlim, Tricia Tuttle, anunciar a seleção de filmes para a competição principal da 75ª. Edição, que irá decorrer na capita alemã de 13 a 23 de fevereiro. O júri será presidido pelo realizador norte-americano Todd Haynes, que terá de avaliar os 19 filmes selecionados para concorrer ao Urso de Ouro.

Os destaques da competição

Richard Linklater, regressa à Berlinale com “Blue Moon”, que explora os últimos dias do letrista Lorenz Hart, da dupla Rodgers & Hart. O filme conta com Ethan Hawke, Margaret Qualley, Bobby Cannavale e Andrew Scott. Linklater é um veterano do festival, tendo vencido o Urso de Prata por “Boyhood” em 2014.

Michel Franco, cineasta mexicano premiado em Cannes e Veneza, apresenta “Dreams”, a história de amor entre uma socialite (Jessica Chastain) e um bailarino (Isaac Hernández).

Radu Jude, vencedor do Urso de Ouro em 2021 com “Bad Luck Banging or Loony Porn”, volta com “Kontinental “25”. Uma comédia negra que aborda temas como a crise habitacional e o nacionalismo crescente, com Eszter Tompa e Gabriel Spahiu nos papéis principais.

Hong Sang-soo, presença habitual na competição da Berlinale, apresenta “What Does That Nature Say To You”. O realizador sul-coreano retrata neste filme a vida de um jovem poeta que passa o dia com a família da sua namorada. Hong já conquistou quatro Ursos de Prata nos últimos cinco anos.

“Hot Milk”, da britânica Rebecca Lenkiewicz, é a única primeira obra na competição, inspirada no romance homónimo de Deborah Levy. Com Emma Mackey, Fiona Shaw e Vicky Krieps, a história explora as complexidades das relações mãe-filha em Almería, Espanha.

A seleção inclui ainda o documentário ucraniano “Timestamp”, de Kateryna Gornostai, que retrata a vida de professores e alunos sob a lei marcial, e dois filmes da China: “Living The Land”, de Huo Meng, e “Girls On Wire”, de Vivian Qu.

Sinopse dos filmes em competição na Berlinale 2025

  • “Ari”, de Léonor Serraille (França, Bélgica); o jovem músico Ari enfrenta os desafios da vida adulta enquanto tenta reconciliar a sua paixão pela arte com as exigências familiares.
  • “Blue Moon”, de Richard Linklater (EUA, Irlanda); numa pequena comunidade rural dos anos 70, uma jovem mulher luta para encontrar o seu lugar enquanto sonha com uma vida além das fronteiras locais.
  • “Dreams”, de Michel Franco (México); a luta de uma mulher por liberdade pessoal torna-se uma jornada emocional que revela as desigualdades de uma sociedade em colapso.
  • “Dreams (Sex Love)“, de Dag Johan Haugerud (Noruega); relações complexas e desejos reprimidos emergem numa vila aparentemente pacata, onde todos escondem algo.
  • “Girls On Wire”, de Vivian Qu (China); jovens acrobatas desafiam as convenções sociais ao tentarem fazer carreira num mundo dominado por homens.
  • “Hot Milk”, de Rebecca Lenkiewicz (Reino Unido); uma viagem ao sul de Espanha transforma a relação entre mãe e filha, enquanto segredos do passado vêm à tona.
  • “If I Had Legs I’d Kick You”, de Mary Bronstein (EUA); dois colegas de trabalho descobrem, através de interações sarcásticas e tensas, uma inesperada conexão emocional.
  • “Kontinental ’25”, de Radu Jude (Roménia); as mudanças históricas e políticas da Europa do século XX são vistas através da perspetiva de uma família comum.
  • “Living The Land”, de Huo Meng (China); um retrato profundo da luta de agricultores para preservar a ligação às suas terras e tradições, num mundo em constante mudança.
  • Mother’s Baby”, de Johanna Moder (Áustria, Suíça, Alemanha); uma jovem mãe tenta equilibrar as suas ambições pessoais com as exigências de cuidar de um bebé, num ambiente social cheio de expectativas.
  • “Reflet dans un Diamant Mort”, de Hélène Cattet, Bruno Forzani (Bélgica, Luxemburgo, Itália, França); num mistério visualmente deslumbrante, o desaparecimento de uma joia rara expõe segredos sombrios de uma família aristocrática.
  • “The Blue Trail”, de Gabriel Mascaro (Brasil, México, Chile, Países Baixos); pescadores lutam contra as adversidades naturais e económicas enquanto tentam manter vivos os valores das suas comunidades.
  • “La Tour de Glace”, de Lucile Hadžihalilović (França, Alemanha); uma jovem fugitiva cede ao encanto da enigmática estrela de um filme que está a ser rodado no estúdio onde se abrigou.
  • “The Message”, de Iván Fund (Argentina, Espanha); uma carta reencontrada reabre velhas feridas e provoca mudanças inesperadas na relação entre mãe e filha.
  • “La Cache”, de Lionel Baier (Suíça, Luxemburgo, França); comédia dramática sobre um rapaz de 10 anos que vive com uma família de artistas e acompanha os acontecimentos de 1968 num refúgio isolado nos Alpes.
  • “Timestamp”, de Kateryna Gornostai (Ucrânia, Luxemburgo, Países Baixos, França); entre passado e presente, duas histórias entrelaçam-se, revelando memórias e arrependimentos que atravessam gerações.
  • “What Does That Nature Say To You”, de Hong Sangsoo (Coreia do Sul); diálogos introspetivos e paisagens minimalistas exploram a conexão espiritual entre o ser humano e o ambiente natural.
  • “What Marielle Knows”, de Frédéric Hambalek (Alemanha); Marielle, uma jovem com um segredo perigoso, vê-se no centro de um julgamento que pode mudar várias vidas.
  • “Yunan”, de Ameer Fakher Eldin (Alemanha, Canadá, Itália, Palestina, Qatar, Jordânia, Arábia Saudita); numa viagem por várias culturas e paisagens, Yunan enfrenta os seus demónios internos e procura uma nova identidade.
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