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Contas à ordem com custos cada vez mais elevados, alerta Deco

As contas à ordem têm cada vez mais custos e até as contas-ordenado já não têm isenções benéficas, alerta a associação de defesa do consumidor.
22 Fevereiro 2017, 15h44

A revista Dinheiro & Direitos já tinha admitido anteriormente que as contas-ordenado rendem aos bancos um “fluxo ininterrupto de ovos de ouro”. O artigo da revista refere mesmo os casos do Deutsche Bank, Novo Banco e Santander Totta, que “acabaram com as contas-ordenado” e, em substituição, propõem “contas-pack”, que implicam um conjunto de serviços que muitas vezes não compensa ao cliente, escreve a Lusa.

Os bancos criam “cada vez mais obstáculos para aceitarem a isenção”, como um nível de ordenado mais elevado, acrescenta a Dinheiro & Direitos. Havia ainda serviços gratuitos que as contas-ordenados ofereciam tradicionalmente, como não cobrar comissões pelas transferências feitas pela Internet, que em alguns casos também terminaram.

A um aumento da movimentação das contas bancárias pela Internet, os bancos estão agora a taxar este serviço, que durante anos tinha isenções ou custos diminutos, até como forma de o fomentar. Para evitar estes aumentos de custos nas contas à ordem, que são considerados “arbitrários”, diz o estudo que os melhores bancos são mais pequenos e que estão no mercado mais recentemente, destacando o Banco CTT, o Bankinter (comprou atividade do Barclays em Portugal), o Banco BIG e o Activo Bank.

Por fim, a Dinheiro & Direitos critica a passividade do Banco de Portugal na regulação do mercado, acusando-o de estar “pouco ou nada preocupado com os interesses dos consumidores”, e considera que deve haver limites aos custos dos produtos bancários e a que a cobrança de comissões só aconteça por serviços efetivamente prestados.

 

 

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