Contas penalizam PSI em dia misto na Europa

A bolsa de Lisboa encerrou a semana no ‘vermelho’, com o índice PSI a ficar castigado por alguns dos resultados apresentados na véspera. Entre as principais praças europeias, não houve sentimento definido.

Na sessão de sexta-feira, o PSI contraiu 0,39% e ficou-se pelos 7.706 pontos. Entre as cotadas que perderam terreno, a descida mais acentuada foi protagonizada pela Navigator, que caiu 5,16% até aos 3,09 euros por ação. Ao mesmo tempo, a REN derrapou 4,38% e ficou-se pelos 3,09 euros.

Ambas apresentaram contas na quinta-feira, sendo que a primeira registou um tombo de 46% nos lucros, ao passo que a segunda viu uma subida de 35% no mesmo indicador.

Também em perda ficaram a Semapa, que recuou 1,59% até aos 17,34 euros, ao passo que o BCP perdeu 0,78% para 0,6884 euros.

Por outro lado, o grupo EDP registou as subidas mais significativas. Foi o caso da casa-forte, que se adiantou 1,62% até aos 3,833 euros por título, assim como da EDP Renováveis, que somou 1,08% para 10,33 euros.

Entre os principais índices das bolsas europeias, houve decréscimos de 0,20% no Reino Unido, 0,25% em Espanha, 0,43% na Alemanha, ao mesmo tempo que França subiu 0,21% e Itália ganhou 0,30%. O índice agregado Euro Stoxx 50 representou ainda melhor a sensação de indefinição, na medida em que contraiu somente 0,10%.

Nos futuros, o Brent recua 0,93% para 68,54 dólares por barril e o WTI resvalou 1,08% até aos 65,32 dólares por barril.

“Bolsas europeias foram recuperando ao longo do dia, encerrando divididas entre as perdas do PSI e os ganhos do CAC. O índice nacional foi pressionado pelas reações negativas da Navigator, REN e Altri aos números apresentados. Já o índice francês foi impulsionado pelas reações positivas da Carrefour e a LVMH”, pode ler-se na análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Ainda em reações a contas da Puma, Signify e Valeo destacaram-se pela negativa. Para além dos inúmeros resultados, os investidores começam também a centrar as suas atenções para o deadline de 1 de agosto, dia em que Donald Trump irá impor tarifas mais elevadas aos países que não chegarem a acordo com os EUA”, assinalam os analistas.