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“Contexto delicado”: Chega reúne de urgência com viabilização do OE na agenda

A posição de inflexibilidade do Chega em relação ao OE chegou a ser definida como “irrevogável” por parte de André Ventura. A poucos dias da entrega do documento e com o impasse entre Governo e PS, a terceira maior força do Parlamento já admite viabilizar.
8 Outubro 2024, 10h33

O grupo parlamentar do Chega vai reunir de urgência esta terça-feira às 17h00 para discutir a possibilidade de viabilizar o Orçamento do Estado para 2025, de acordo com a notícia avançada esta terça-feira pelo “Observador”. A reunião terá sido convocada por André Ventura.

O “Observador” realça que, na convocatória para a reunião desta tarde, André Ventura sublinhou o “contexto delicado” decorrente das negociações do OE 2025 e a “responsabilidade perante o país” que recai sobre o terceiro maior grupo parlamentar.

“Dado o contexto delicado em que estamos, perante o OE para 2025 e no contexto da nossa responsabilidade perante o país, venho por este meio marcar uma reunião de urgência com o grupo parlamentar. A reunião é amanhã, às 17h na sala do Senado”, frisou a mensagem enviada por Ventura aos deputados do Chega.

Nas últimas semanas, André Ventura indicou que o Chega estava fora das negociações do Orçamento e que o sentido de voto seria rejeitar o documento, uma decisão que classificou como “irrevogável”. O líder do partido disse que o Chega só mudaria de posição caso fosse formulado um novo documento com contributos do seu partido.

Ventura pressionado para aprovar OE

André Ventura poderá dar o dito por não dito e ser obrigado a aprovar o Orçamento do Estado (OE) caso falhem as negociações entre Governo e PS, avançou o “Correio da Manhã” este domingo.

Explica o “CM” que o líder do Chega está a ser “fortemente pressionado por vários conselheiros nacionais do Chega e autarcas da distrital de Lisboa” para avançar para a aprovação do OE caso as negociações entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos não cheguem a bom porto.

Perante esta pressão, André Ventura já terá decidido reunir na próxima semana com o seu grupo parlamentar de forma a debater “frontalmente” este tema e definir o sentido de voto da bancada face aos vários cenários que estão em cima da mesa.

O líder do Chega tem mostrado uma posição ambivalente relativamente ao sentido de voto do próximo OE: se por um lado já disse que não aprovaria o documento (pelo facto do Governo ter preferido negociar com o PS), André Ventura também já referiu que o país não precisa de uma crise política e que o partido vai fazer tudo para que o país não vá para eleições.

O líder parlamentar do Chega alegou, este sábado, que o Governo já chegou a acordo com o PS sobre o Orçamento do Estado para 2025 e defendeu que essa opção não agrada a quem votou na AD.

“Perguntem aos eleitores da AD [coligação pré-eleitoral entre PSD e CDS-PP], àqueles que votaram na AD, se estão satisfeitos com o acordo entre o PSD e o Partido Socialista (PS), perguntem-lhes isso”, declarou Pedro Pinto aos jornalistas, na Praça do Município, em Lisboa, no fim da sessão comemorativa do 5 de Outubro.

Segundo o líder parlamentar do Chega, o seu partido sempre este disponível para um acordo com o Governo sobre o Orçamento do Estado para 2025: “Nós desde o dia 10 de março à noite que estamos disponíveis para fazer um acordo de governo com o PSD”.

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