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Controlar o preço dos alimentos. O que foi feito em Espanha a França (e que eficácia produziu)?

Espanha e França optaram por caminhos diferentes no que diz respeito ao controlo dos preços dos alimentos. O modelo francês aproxima-se do anunciado esta sexta-feira pelo Governo português.
24 Março 2023, 13h30

O Governo anunciou esta sexta-feira que o IVA aplicado aos bens alimentares essenciais vai passar a ser 0%, sendo que Fernando Medina anunciou que o Executivo já iniciou negociações com os sectores da distribuição e da produção para garantir que esse alívio fiscal tem tradução efetiva nos preços ao consumidor.

Explicou Fernando Medina, esta sexta-feira, que esta redução custará 410 milhões de euros aos cofres do Estado e estará em vigor entre abril e outubro, ou seja, durante seis meses.

Importa assim olha para Espanha e França, dois países cujos executivos agiram mais cedo no objetivo de baixar os preços ou pelo menos controlar uma escalada dos mesmos, evitando assim agravar esse peso da inflação no bolso das famílias.

Espanha e França: caminhos diferentes

Espanha decidiu isentar de IVA alguns bens alimentares no final do ano passado, uma decisão aplaudida mas que de acordo com alguns analistas acabou por surtir pouco ou nenhum efeito nos preços.

Em França, a alternativa foi outra. O governo gaulês conseguiu que alguns supermercados se comprometessem a vender os alimentos ao preço mais baixo possível durante três meses.

No começo de março, o ministro das Finanças do país, Bruno Le Maire, explicou que durante um período de três meses, as cadeias de supermercado iriam disponibilizar um conjunto de bens alimentares ao “preço mais baixo possível”. O governante acrescentou ainda que escolha dos alimentos e produtos seria feita pelos próprios supermercados.

A proposta inicial do governo francês era a de criar uma lista com os alimentos que todos os supermercados deveriam vender o mais barato possível, mas os vendedores opuseram-se à sugestão.

Depois do acordo com o governo francês, o grupo Carrefour decidiu que a partir de dia 15 de março iria disponibilizar 200 produtos a menos de dois euros, até dia 15 de junho. Por sua vez, o grupo rival, Casino, anunciou igualmente que iria baixar o preço de 500 produtos para menos de um euro.

De recordar que a taxa de inflação registada em França, em fevereiro, ultrapassou os 7%, fixando-se no valor mais elevado desde a década de 1990.

 

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