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COP26: Marcelo diz que é “urgente alcançar acordo coletivo e global” sobre o clima

“O desafio para conter o aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC, até 2100, é grande, exigente, mas possível, através da assunção de compromissos ambiciosos por parte dos líderes políticos e de uma real cooperação multilateral, mas sobretudo, com o envolvimento de todos, de cada indivíduo, comunidade, empresa ou organização, região ou país”, acrescenta-se na nota disponível no ‘site’.
31 Outubro 2021, 18h03

O Presidente da República defendeu hoje a “urgência em alcançar um acordo coletivo e global” no que diz respeito às alterações climáticas, considerando que um entendimento sobre o aumento da temperatura em 1,5 graus ainda é possível.

“No dia de arranque da Conferência do Clima das Nações Unidas – COP26, em Glasgow, que reúne líderes e representantes de todo o mundo, o Presidente da República realça este momento decisivo para o futuro da Humanidade, na preservação de um Clima Estável, reforçando a urgência em alcançar um acordo coletivo e global, que permita reduzir para metade as emissões até 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050, em simultâneo com a redução da desflorestação e da destruição da biodiversidade, e com a aposta na reflorestação e preservação dos oceanos”, lê-se numa mensagem colocada na página da Presidência da República.

“O desafio para conter o aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC, até 2100, é grande, exigente, mas possível, através da assunção de compromissos ambiciosos por parte dos líderes políticos e de uma real cooperação multilateral, mas sobretudo, com o envolvimento de todos, de cada indivíduo, comunidade, empresa ou organização, região ou país”, acrescenta-se na nota disponível no ‘site’.

No texto, a Presidência acrescenta que “Portugal, no seio da UE, assumiu, através da aprovação da Lei Europeia do Clima, o compromisso de redução em 55%, dos seus níveis de emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE), até 2030 (antecipando em 10 anos a ambição estabelecida no Acordo de Paris, em 2015) e de neutralidade carbónica até 2050, assumindo nesta COP26 o compromisso de triplicar o financiamento aos países mais pobres (em especial aos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) para adaptação às alterações climáticas”.

Marcelo Rebelo de Sousa aponta que é preciso “assumir as necessárias mudanças para estilos de vida e padrões de consumo mais sustentáveis, acelerando a aposta na transição energética, na descarbonização e circularidade da economia, na reflorestação e no forte apoio à inovação e desenvolvimento de tecnologias verdes”.

Na nota, o Presidente salienta ainda que “os cientistas são claros nos factos e nos cenários de evolução dos efeitos do aquecimento global” e defende por isso que “também os líderes mundiais deverão ser claros e efetivos nas suas ações”.

Milhares de especialistas, ativistas e decisores políticos reúnem-se a partir de domingo em Glasgow na 26.ª cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP26), com o objetivo principal de travar o aquecimento do planeta.

As alterações climáticas são, segundo o secretário-geral da ONU, António Guterres, o maior problema da humanidade, e vão afetar dramaticamente o futuro se nada de substancial for feito.

As emissões de gases com efeito de estufa, que os países tentaram controlar no Acordo de Paris de 2015, mas que continuam a aumentar, estão já a afetar o clima e a natureza das mais diversas formas, segundo os cientistas.

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