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Coreia do Norte rejeita últimas sanções da ONU

A resolução pelas sanções é “um ato astuto e hostil com o propósito de impedir o desenvolvimento de forças nucleares por parte da RPDC, desarmando e causando asfixia económica”, apontou um porta-voz do governo coreano.
5 Junho 2017, 07h56

A Coreia do Norte rejeitou este domingo, 4 de junho, de maneira taxativa as últimas sanções económicas adotadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o regime de Kim Jong-un pelo seu programa balístico e nuclear e afirmou que manterá o seu desenvolvimento.

A resolução pelas sanções é “um ato astuto e hostil com o propósito de impedir o desenvolvimento de forças nucleares por parte da RPDC (República Popular Democrática da Coreia), desarmando e causando asfixia económica”, apontou um porta-voz do Ministério das Relações Externas em comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na sexta-feira, dia 2, uma resolução que amplia as sanções económicas impostas à Coreia do Norte pelo seu programa balístico e nuclear, que se tem intensificado apesar das advertências das Nações Unidas. A resolução, que estava a ser impulsionada nas últimas semanas pelos Estados Unidos da América e pela China, foi aprovada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança.

“É um erro de cálculo fatal se os países que intervieram no texto da resolução de sanções pensam que podem atrasar ou paralisar, inclusive por um momento, o desenvolvimento das forças nucleares da RPDC”, acrescenta o comunicado publicado ontem. O regime norte-coreano adverte ao países signatários da resolução que “verão claramente que o seu ato mesquinho e indiscreto irá em direção oposta ao que querem”.

O porta-voz do ministério afirmou que o desenvolvimento nuclear do país é “um exercício natural de soberania em resposta à hostilidade dos Estados Unidos” que procura “assegurar a paz e a segurança na Península da Coreia”.  O texto aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU amplia a mais 14 indivíduos e quatro empresas ou instituições as sanções económicas impostas previamente ao regime de Pyongyang devido aos testes para o desenvolvimento do seu programa atómico, que é realizado há uma década.

O conselho pediu que a Coreia do Norte “abandone todas as armas nucleares e os programas nucleares existentes de maneira completa, verificável e irreversível, e ponha fim de imediato às atividades relacionadas”. A 29 de maio, o Exército norte-coreano realizou os seus últimos testes de mísseis, o nono lançamento este ano.

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