[weglot_switcher]

Coreia do Sul tenta encontrar solução para a expulsão de trabalhadores instalados nos EUA

Aproximação entre a Coreia do Sul e a China pode ser usada como forma de pressionar os Estados Unidos para aceitar a criação de um visto especial para os trabalhadores que viajam para os EUA para montarem fábricas ou darem treino específico aos norte-americanos.
19 Setembro 2025, 13h46

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun, disse esta sexta-feira que o governo trabalhará ativamente para resolver os problemas enfrentados pelos trabalhadores sul-coreanos com vistos norte-americanos antes de prosseguir com um pacote de investimentos de 350 mil milhões de dólares que faz parte de um acordo comercial bilateral decorrente da imposição das tarifas dos EUA. A notícia surge depois de uma recente operação de imigração dos EUA ter resultado na prisão de centenas de trabalhadores sul-coreanos numa fábrica de baterias da Hyundai Motors instalada no Estado norte-americano da Geórgia.

A maioria dos trabalhadores viu-se obrigada a regressar à Coreia do Sul na semana passada, mas o incidente gerou pedidos de empresas para que fosse criada uma nova categoria de visto para tornar mais fácil aos trabalhadores sul-coreanos qualificados operarem nos Estados Unidos, nomeadamente na instalação de novas fábricas e no treino de trabalhadores americanos.

Ainda assim, a política de vistos não era uma pré-condição para fazer os investimentos, disse Cho em Seul. O ministro disse esperar que o presidente chinês, Xi Jinping, participe numa cimeira de líderes no fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que está a ser organizada na Coreia do Sul para o final de outubro. Cho, que regressou esta semana de uma viagem a Pequim para conversar com o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, disse que transmitiu uma mensagem sobre a disposição da Coreia do Sul de discutir a cooperação cultural com a China nas reuniões da APEC.

A China manteve restrições à importação de conteúdo de entretimento coreano, como o K-pop, para manter pressão sobre a decisão sul-coreana de instalar um escudo antimísseis vendido pelos EUA ao país. Pequim afirmou que o poderoso radar do sistema Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) poderia espiar o seu espaço aéreo, o que deixou o regime do Império do Meio desconfortável com a decisão.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.