A Coreia do Sul anunciou, esta quinta-feira, que vai avançar com o desenvolvimento de uma própria versão do modelo de linguagem de inteligência artificial (IA) ChatGPT, uma semana depois de suspender o uso da chinesa DeepSeek.
O presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, fez o anúncio durante uma reunião de uma comissão destinada a posicionar a Coreia do Sul entre as três maiores potências mundiais de IA.
“A corrida global à IA entrou numa nova fase”, afirmou Choi, salientando que as principais potências na área anunciaram investimentos de escala astronómica em infraestruturas de inteligência artificial.
O Governo “dará todo o apoio ao desenvolvimento de modelos de IA de classe mundial”, disse, citado pela agência de notícias pública Yonhap.
As autoridades sul-coreanas também anunciaram planos para comprar 10 mil unidades de processamento gráfico de alto desempenho este ano para o desenvolvimento de aplicações de IA.
A decisão da Coreia do Sul surge depois de, na segunda-feira, o regulador de proteção de dados do país ter anunciado a suspensão da opção de descarregar a DeepSeek até que sejam feitas melhorias de acordo com as leis de proteção de informação pessoal da Coreia do Sul.
As autoridades também disseram esta semana que a DeepSeek enviou dados de utilizadores sul-coreanos para a ByteDance, proprietária da popular rede social TikTok, também de origem chinesa.
A lei sul-coreana exige que os operadores de aplicações tenham o consentimento explícito dos utilizadores para transferir os dados para terceiros.
Além de proibir descarregar a aplicação, as autoridades sul-coreanas aconselharam os utilizadores que já têm o DeepSeek instalado nos dispositivos ou que o utilizam ‘online’ a “serem cautelosos quanto ao risco de invasão de informações pessoais”.
A DeepSeek revolucionou o panorama global da IA após a revelação, em janeiro, do modelo de linguagem que desenvolveu e que impressionou os especialistas pelo desempenho mais eficiente e económico em comparação com a concorrência norte-americana.
No entanto, a gestão de dados levou outros países, como Itália e Austrália, a analisar o serviço e a impor restrições de acesso às instituições públicas, alegando riscos para a segurança nacional.
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