As análises ao homem internado no Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, por suspeita de infeção com o novo coronavírus (2019-nCoV), deram resultado negativo, informou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em comunicado enviado à agência Lusa, a DGS informou que “o segundo caso suspeito de infeção por novo coronavírus (2019-nCoV) em Portugal, que foi encaminhado para o Centro Hospitalar Universitário de São João, teve resultado negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, com duas amostras biológicas negativas”.
O outro caso suspeito também deu negativo nos testes realizados. “A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que um dos casos suspeitos de infeção por novo coronavírus (2019-nCoV) em Portugal, que foi encaminhado para o Hospital Curry Cabral, teve resultado negativo após realização de análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com duas amostras biológicas negativas”, lê-se num comunicado.
Estes dois casos elevaram para seis o número de casos suspeitos validados até hoje em Portugal.
Além destes casos suspeitos, estão 20 pessoas em isolamento profilático há uma semana no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, devido ao novo coronavírus (2019-nCov), depois de terem sido repatriadas da China.
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que as pessoas que se mantinham no Pulido Valente estavam todas bem de saúde e sem sintomas de infeção.
Deste grupo fazem parte 18 portugueses e duas brasileiras, que chegaram no passado dia 02 de fevereiro ao aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa. Todos estiveram na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro do surto.
As autoridades chinesas elevaram hoje para 908 mortos e mais 40 mil infetados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronavírus.
Além do território continental da China e das regiões administrativas chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou no domingo a 39, com duas novas infeções detetadas em Espanha no Reino Unido.
Uma missão internacional de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) partiu no domingo para a China. A OMS, que declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública internacional, indicou no sábado que os casos de contágio revelados diariamente na China estão a estabilizar, mas sublinhou que era cedo para concluir que a epidemia atingiu o seu pico.
A comunidade científica está a tentar encontrar uma vacina contra a pneumonia, já que as atuais não protegem contra o novo coronavírus.
A doença foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que varia entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.
Os sintomas associados à infeção são mais intensos do que os da gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.
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