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Coronavírus remete touros ao descanso

Os investidores optam para já pela cautela, alocando capital nos activos refúgio, em resposta à incerteza que emana da situação relativa ao coronavírus.
  • Getty Images
27 Janeiro 2020, 15h02

Numa semana repleta de notícias importantes de vários sectores, como os resultados da Apple e Facebook, a reunião do FED e a do Banco de Inglaterra, os investidores optam para já pela cautela alocando capital nos activos refúgio, em resposta à incerteza que emana da situação relativa ao Coronavírus.

Com 2.800 infectados em dez países e 81 vítimas na China, esta contagem preocupante continua a subir a um ritmo cada vez mais célere, instando alguns representantes de saúde a questionar se o país mais populoso do mundo conseguirá conter a epidemia, sendo que o próprio comissário nacional de saúde chinês afirmou ontem que a capacidade de propagação do vírus está reforçada e o número de infectados pode continuar a subir.

A possibilidade deste caso se tornar uma epidemia global, com os inerentes efeitos humanos e económicos, verga os índices das principais praças financeiras a quedas pouco usuais nos últimos anos, com os futuros de Wall Street a navegarem abaixo da linha dos -1,60% de perda.

Com a bolsa chinesa encerrada o impacto mede-se nos futuros e no ETF listado em Londres relativo a activos chineses, com ambos a perderem cerca de -6%, enquanto que o japonês Nikkei cedeu -2%. Na Europa, o Stoxx600 recua quase -2% com o sector das mineiras a ser duramente castigado ao averbar uma desvalorização de -4%, devido à sua forte exposição à segunda maior economia do mundo.

O preço do petróleo também perde terreno, com um deslize de -3,4% para os $52.37 por barril, com os receios de um abrandamento económico a fazerem mossa nas perspectivas para a procura, Do lado inverso, tanto o Yen como o Ouro beneficiam da procura por segurança ganhando 0.4% e 0.8%, para os 108.89 e $1,584 por onça, respectivamente.

O gráfico de hoje é do EuroStoxx50, o time-frame é mensal.

 

O índice das 50 principais empresas europeias ainda apresenta alguma margem para corrigir, com as duas linhas a azul a serem uma zona de possível suporte

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