O governo de Singapura anunciou, esta terça-feira, um fundo de 4,02 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros) para ajudar empresas e famílias que enfrentem dificuldades face ao coronavírus. O apoio monetário estará disponível a partir do próximo ano, segundo noticia o CNBC, esta manhã.
O país no sudoeste asiático soma atualmente um dos maiores números de casos confirmados pelo coronavírus (agora conhecido como Covid-19) fora da China. Até ao meio dia desta segunda-feira, o balanço do Ministério da Saúde da Singapura registava 77 casos, 24 dos quais deram negativo após as análises.
“O surto vai certamente afetar a nossa economia”, disse Heng Swee Keat, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças da Singapura, no discurso que descrevia o orçamento do país.
As medidas económicas que Heng anunciou incluem esquemas para ajudar as empresas a reter trabalhadores, gerir as suas contas salariais e descontos de impostos corporativos. Haverá medidas específicas para ajudar os cinco setores mais vulneráveis ao surto de vírus: os serviços de turismo, aviação, retalho, alimentação e transportes públicos.
O ministro também anunciou a criação de um fundo de 800 milhões de dólares (738 milhões de euros) para apoiar a luta contra o vírus, com a maior parte dos fundos destinados ao Ministério da Saúde.
Além disso, o ministro das Finanças referiu que um aumento planeado no imposto sobre bens e serviços será adiado, face aos desafios que a economia enfrenta. O governo da Singapura queria aumentar as taxas dos bens e serviços dos atuais 7% para 9% entre 2021 e 2025.
Essas medidas contribuirão para um défice orçamentário esperado de 10,9 mil milhões de dólares da Singapura, cerca de 2,1% do PIB, no próximo exercício financeiro de abril de 2020 a março de 2021, disse Heng.
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