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Correios contestam Anacom sobre repartição dos dois serviços de contabilidade da empresa

A Anacom concluiu, após uma auditoria aos resultados dos CTT, referentes a 2016, que a operadora de serviço postal portuguesa aplicou mal a repartição dos dois serviços de contabilidade da empresa. Correios reagiram esta segunda-feira e manifestaram discordância.
18 Fevereiro 2019, 14h25

Os CTT informaram o mercado que estão em desacordo com o sentido provável de decisão da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), relativamente “à repartição de gastos entre a atividade postal e a atividade bancária da empresa”, de acordo com o comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na sexta-feira, a 15 de fevereiro, a Anacom concluiu após uma auditoria aos resultados dos CTT, referentes a 2016, que a operadora de serviço postal portuguesa aplicou mal a repartição dos dois serviços de contabilidade da empresa.

“Depois de analisar o relatório final de auditoria e em face da reserva suscitada pelos auditores, a Anacom concluiu que os resultados do sistema de contabilidade analítica dos CTT relativos a 2016 não estão conformes com os princípios orientadores daquele sistema. Em causa está a inadequada repartição de gastos entre a atividade postal e a atividade bancária ao nível da rede comercial (estações de correio)”, lê-se no comunicado então pelo regulador.

O desenvolvimento da atividade bancária nas estações de correio dos CTT “tem implícita uma partilha de recursos, entre a atividade postal e atividade bancária, e constata-se que, para 2016, não existe uma adequada separação entre estas duas atividades para uma parte significativa destes recursos, de acordo com os princípios orientadores, nomeadamente o princípio da causalidade”, segundo a Anacom.

O regulador disse estar em causa uma “sobrevalorização de gastos alocados à atividade postal, por contrapartida de uma subvalorização dos gastos imputados à atividade bancária, nomeadamente, no que respeita a depreciações, amortizações, rendas e alugueres de ativos tangíveis (móveis e imóveis), custo de capital, impostos e taxas, seguros, conservação e reparação, utilidades, limpeza e vigilância, e consumíveis diversos”.

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