[weglot_switcher]

Corrupção no paraíso. Onde param os 50 milhões doados às Seychelles?

Tribunal quer saber para onde foi o dinheiro doado pelos Emirados Árabes Unidos que serviria para pagar a escassez de bens como arroz, farinha e óleo. Entre os seis acusados estão membros da família e do governo do falecido ex-presidente, Albert René.
13 Janeiro 2022, 07h30

Um escândalo de corrupção está a marcar os últimos dias nas paradisíacas ilhas Seychelles depois de um tribunal local ter acusado seis pessoas de terem desviado 50 milhões de dólares (44 milhões de euros), conta a “BBC” esta quarta-feira, 12 de janeiro.

Este valor terá sido doado há 20 anos pelos Emirados Árabes Unidos e tinha como intuito pagar a escassez de bens como arroz, farinha e óleo, além das despesas daquela região situada no Oceano Índico.

Uma verba que quase nenhuma das 100 mil pessoas que vivem naquelas ilhas do Oceano Índico podem vir a ganhar alguma vez na vida. “Os 50 milhões foram um presente para nós e não recebemos”, refere à “BBC” um pescador local.

Entre os seis acusados estão membros da família e do governo do ex-presidente, Albert René, falecido em 2019 e que liderou a região entre os anos de 1977 e 2004.

Os arguidos neste caso de corrupção são Mukesh Valabhji, empresário e ex-assessor da área de económico, a sua mulher e advogada Laura Valabhji, o ex-tenente-coronel das forças armadas e filho de Albert René, Leslie Benoiton, o ex-funcionário do governo no Ministério das Finanças Lekha Nair, o ex-ministro das Finanças e ministro do Turismo Maurice Loustau-Lalanne e Sarah René, ex-primeira-dama e viúva de Albert René.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.