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Corticeira Amorim integra grupo de subscritores do act4nature Portugal

Esta é uma ação lançada pelo Business Council for Sustainable Development Portugal (BCSD) que pretende sensibilizar, mobilizar e incentivar as empresas a proteger, promover e restaurar a biodiversidade.
26 Setembro 2020, 11h30

A Corticeira Amorim, que reclama ser o maior grupo de transformação de cortiça do mundo, integra o grupo de subscritores do act4nature Portugal, uma ação lançada pelo Business Council for Sustainable Development Portugal (BCSD) que pretende sensibilizar, mobilizar e incentivar as empresas a proteger, promover e restaurar a biodiversidade.

“A adesão integra-se, assim, na missão da Corticeira Amorim de acrescentar valor à cortiça de forma competitiva, diferenciada e inovadora em perfeita harmonia com a natureza. Isto é, comprometendo-se com a adoção de práticas que garantam a preservação do meio-ambiente, assumindo a sustentabilidade como a referência basilar”, assegura um comunicado da empresa.

Essa nota sublinha que, “na verdade, alinhadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), as várias empresas da Corticeira Amorim comprometem-se de ano para ano a desenvolver processos mais produtivos e a implementar tecnologias, soluções e ações que fomentem a melhoria continua do seu desempenho ambiental”, acrescentando que esse objetivo será prosseguido “enquanto procuram disponibilizar uma diversificada oferta de produtos com uma menor pegada ecológica”.

“Paralelamente, a Corticeira Amorim tem vindo a incrementar um conjunto de iniciativas que visa assegurar a manutenção, preservação e valorização das florestas de sobro e, consequentemente, a produção ininterrupta de cortiça de qualidade”, garantem os responsáveis da empresa.

Esta é uma estratégia que, segundo António Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, será legítima somente “quando crescermos garantindo a segurança e o bem-estar de todos, a gestão eficiente dos recursos humanos, a proteção do equilíbrio dos ecossistemas, e a circularidade dos processos e da economia, rumo a um modelo de desenvolvimento sustentável e a uma sociedade mais coesa, consciente e preparada para enfrentar com ambição, perseverança e tenacidade os muitos desafios vindouros”.

Para os responsáveis da Corticeira Amorim, esta é uma “tarefa tanto mais facilitada quanto o montado de sobro tem uma missão importante na promoção de funções ecológicas como a conservação do solo, o armazenamento de carbono e a retenção de água”.

“Papel potenciado quer pelas suas características multifuncionais quer pela biodiversidade que alberga. Os montados de sobro são um ‘hotspot’ de biodiversidade, com estatuto de proteção pela Diretiva Habitats da UE (habitat 6310 –montado e habitat 9330 –florestas Quercus suber) e ainda ‘habitat’ de abrigo prioritário 6220 (subestepesde gramíneas (Thero-Brachypodietea)). Parte integrante da Bacia do Mediterrâneo, o montado de sobro está inserido num dos 36 ‘hotspots’ de biodiversidade mundial, conforme o estipulado no Critical Ecosystem Partnership Fund em parceria com Conservation International. A Bacia do Mediterrâneo possui 0,9% de todos os vertebrados e 4,3% de todas as plantas, traduzindo-se em cerca de 770 espécies de vertebrados e mais de 25 000 espécies de plantas, sendo que mais de metade são autóctones”, adianta o comunicado em questão.

Segundo este documento, “a Corticeira Amorim promoveu um estudo independente, realizado pela EY e com suporte técnico e científico do CENSE – Center for Environmental and Sustainability Research, com vista a avaliar as multifuncionalidades dos montados com base em quatro estudos de caso que ilustram áreas de montado com boa gestão”.

“A avaliação quantitativa, baseada nos custos evitados, teve em consideração a variabilidade da capacidade de prestação de serviços dos ecossistemas e foi baseada em diferentes práticas de gestão e condições geográficas do solo e do clima. O supramencionado estudo concluiu que os serviços dos ecossistemas avaliados do montado de sobro proporcionam benefícios à sociedade com um valor médio de mais de 1.300 euros/hectare/ano”, revela o referido comunicado.

Para os responsáveis da Corticeira Amorim, “o act4nature Portugal surge no âmbito do act4nature International, movimento lançado em França em 2018 pela associação EpE – Entreprises pour l’Environnement, parceira do BCSD Portugal através da Rede Global do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD)”.

“Em Portugal, a iniciativa foi lançada no Dia Internacional da Diversidade Biológica, a 22 de maio. Todas as empresas, organizações e instituições que atuem de acordo com a proteção da natureza e da biodiversidade podem e devem demonstrar o seu acordo subscrevendo os compromissos disponíveis através do ‘site’ https://www.bcsdportugal.org/act4nature-portugal. O objetivo é chegar ao maior número de subscritores possível e ampliar os esforços para reverter a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas e dos serviços que estes prestam a nível global”, conclui o comunicado da Corticeira Amorim.

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