O deputado Adão Silva, do PSD, questionou o primeiro-ministro António Costa sobre se “estava à espera que o Novo Banco pedisse mais 800 milhões de euros do que era previsto?” Silva referiu-se ao valor de 3.890 milhões de euros de garantia concedida ao Novo Banco, quando foi adquirido pelo fundo norte-americano Lone Star, lembrando que o ministro das Finanças, Mário Centeno, na altura disse que o valor dessa garantia não deveria ser atingido.
Na resposta, o primeiro-ministro disse que “a separação” do Banco Espírito Santo (BES) “gerou um banco péssimo e um banco mau”, tendo a garantia de 3.890 milhões de euros sido concedida ao comprador, o fundo Lone Star, porque “não se sabia então se tudo o que era mau tinha ficado no banco mau”. Por outro lado, Costa voltou a sublinhar que as injeções de capital do Estado no Fundo de Resolução consistem em empréstimos que “serão pagos em 30 anos por todo o sistema bancário”.
De resto, Costa defendeu que a nacionalização ou liquidação do Novo Banco, em vez da venda ao fundo Lone Star, teriam sido opções mais dispendiosas para o Estado. No que respeita à nacionalização, defendida poucos minutos antes por Heloísa Apolónia, do PEV (“se estamos a gastar dinheiro para limpar o banco, deveria estar sob controlo público”, afirmou), o primeiro-ministro alegou que implicaria uma garantia do Estado “não limitada a 3.890 milhões de euros, nem em forma de empréstimo”, mas “a fundo perdido”.
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