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Costa e Sánchez dizem que reabertura de fronteiras entre Portugal e Espanha é “mensagem positiva” para Europa

Para António Costa a reabertura de fronteiras representa “uma mensagem positiva” de Portugal e Espanha para a Europa. O governante acredita que a abertura de fronteiras não é “uma ameaça, mas sim uma oportunidade para o desenvolvimento comum”. Ideia de “unidade” é defendida por Sánchez.
  • Da esquerda para a direita: Presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, Rei de Espanha Felipe VI, Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-ministro de Portugal, António Costa
1 Julho 2020, 12h59

O primeiro-ministro, António Costa, e o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, afirmaram esta quarta-feira que a reabertura da fronteira luso-espanhola é uma boa notícia para Portugal e Espanha, mas também para a Europa.

Os dois chefes de governo aludiram hoje ao simbolismo de unidade que a reabertura das fronteiras entre os dois países representa na luta conta a pandemia da Covid-19 e para os desafios futuros.

“Este é um momento importante porque nunca, nas nossas gerações, tínhamos fechado e reaberto fronteiras com Espanha. É a mais antiga da Europa, que simbolicamente é marcada por duas fortalezas [uma alusão aos Castelos de Elvas e de Badajoz], que durante séculos serviram para protegerem territórios e agora servem para aproximar países”, afirmou o primeiro-ministro António Costa, em declarações à comunicação social, após a cerimónia que assinalou a reabertura da fronteira luso-espanhola, no castelo da cidade raiana de Elvas, no distrito de Portalegre.

Para António Costa, o momento assinalado ao mais alto nível pelos chefes políticos de Portugal e Espanha representa “uma mensagem positiva” de ambos os Estados para a Europa. Isto, porque o governante acredita que a abertura de fronteiras não é “uma ameaça, mas sim uma oportunidade para o desenvolvimento comum”.

Costa disse que o mundo em geral, e a Península Ibérica em concreto, enfrentam “uma nova realidade”, afirmando ser “claro” que há que aprender a “viver com o contacto e  com o risco de contagiar alguém”. O líder do executivo português explicou, ainda, que por isso há desafios que “todos” têm de enfrentar enquanto a situação da pandemia da Covid-19 não tiver uma solução definitiva.

Nesse sentido, a reabertura das fronteiras entre Portugal e Espanha “é uma grande oportunidade”, não só no combate à pandemia da Covid-19, mas também para os desafios que existem “a nível digital” e no “combate às alterações climáticas” e na produção de “energia limpa e renovável”.

“É uma ajuda muito importante que a Península Ibérica pode oferecer à Europa”, acrescentou Costa.

Já o presidente do governo de Espanha, Pedro Sánchez, mostrou-se satisfeito pela “resposta conjunta” que os dois países dão ao reabrir fronteiras entre si.

Sánchez exprimiu “felicidade” pela reabertura da fronteira luso-espanhola, mas também por voltar a encontrar-se com António Costa. “Há uma carga de emoção por sermos povos irmãos. Há muitos desafios que Portugal e Espanha vão enfrentar juntos”, afirmou.

O líder do governo espanhol defendeu, ainda, a necessidade de “um Estado forte para responder a uma pandemia como esta”, indicando que a “relação cordial” com Portugal “intensificou-se” nos últimos meses, devido ao surto epidemiológico. “Desde o primeiro minuto que pedimos unidade para lutar contra a Covid-19”, disse.

Três meses e meio depois da fronteira luso-espanhola ter permanecido encerrada, como medida de mitigação à pandemia da Covid-19, apenas com pontos de passagem para mercadorias e trabalhadores, Portugal e Espanha reabriram hoje fronteiras entre os dois países. Para assinalar o momento, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o rei de Espanha, Felipe VI, o primeiro-ministro português, António Costa, e o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, encontraram-se em Badajoz e Elvas, ambas cidades fronteiriças.

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