António Costa não deveria ter segurado João Galamba no Governo a propósito do episódio no Ministério das Infraestruturas que envolveu as Secretas mas o Governo deve cumprir o mandato até 2026. Estas são as principais conclusões do primeiro estudo de opinião desenvolvido pelo ICS e ISCTE para o “Expresso” e “SIC” após a decisão do primeiro-ministro em manter o ministro das Infraestruturas e que criou uma crise política que marcou a coabitação entre Belém e São Bento.
Esta sondagem mostra que a maior parte dos inquiridos considera que a legislatura vai chegar até ao fim mas vai mais longe: na sequência do episódio que envolveu a intervenção das Secretas no Ministério das Infraestruturas, a maioria das pessoas ouvidas neste estudo (cujo trabalho de campo decorreu nove dias depois da comunicação de Marcelo em que acusou o Governo de falta de “confiabilidade, respeitabilidade e autoridade”) espera também uma postura mais atenta e interveniente do Presidente da República.
Também esta sexta-feira é possível constatar que o PSD ultrapassa pela primeira vez o PS nas intenções de voto dos português, de acordo com os resultados do barómetro da Intercampus para o “Correio da Manhã” e “CMTV”. Os sociais-democratas obtêm 24,1% das preferências de voto enquanto os socialistas registam 22,4%, uma queda de quase 3% em relação ao mês de abril.
O referido caso remonta a 26 de abril, envolvendo denúncias contra o ex-adjunto Frederico Pinheiro por violência física no Ministério das Infraestruturas e furto de um computador portátil, já depois de ter sido exonerado por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” inerentes ao exercício das funções, e a polémica aumentou quando foi noticiada a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação desse computador.
Este episódio gerou uma divergência pública entre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, em torno da manutenção no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que apresentou a sua demissão, mas que António Costa não aceitou.
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