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Costa: Moção de censura é “apenas um ato falhado contra a atual solução governativa”

O líder do Executivo socialista considera que a anunciada rejeição da moção de censura reforça a credibilidade internacional da atual solução governativa, que foi elogiada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
20 Fevereiro 2019, 15h40

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quarta-feira que a moção de censura apresentada pelo CDS se trata apenas de um “ato falhado”. O líder do Executivo socialista considera que a anunciada rejeição da moção de censura reforça a credibilidade internacional da atual solução governativa, que foi elogiada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“[A moção de censura] trata-se de um ato falhado contra a solução governativa que o PS, PCP, BE e PEV foram capazes de construir em novembro de 2015 e que ainda esta semana o secretário-geral da OCDE considerou um modelo muito eficaz, interessante, na Europa onde os focos de instabilidade se multiplicam”, afirmou António Costa, no debate à moção de censura apresentada pelo CDS, na Assembleia da República.

António Costa sustentou que “esta moção nada tem a ver com a disputa do Governo, mas com a medição de forças na oposição”. “O artificialismo desta iniciativa fica bem patente nos fundamentos da moção de censura, em que o CDS se pretende apresentar como um porta-voz das lutas sindicais que sempre combateu, como campeão do investimento público que sempre diabolizou e como guardião do SNS contra o qual votou e nunca desistiu de querer destruir”, sublinhou.

“A anunciada rejeição da moção de censura reforça a nossa credibilidade internacional que é sustentada pela redução das taxas de juro e pelo crescimento do investimento. É uma tranquilidade para os portugueses que vêem reafirmada a continuidade da mudança política iniciada há três anos e que desejam que possa prosseguir”, afirmou o primeiro-ministro sublinhando que “o Governo tem vindo a cumprir ponto por ponto todos os compromissos que assumiu”.

“A presente moção de censura tem uma e só uma virtualidade: confirmar que a direita (PSD e CDS) permanece em minoria neste parlamento e não dispõem de qualquer alternativa viável do Governo”, acrescentou António Costa.

A moção de censura apresentada pelo CDS, com o nome “Recuperar o Futuro”, contesta a degradação dos serviços públicos, sobretudo no setor da saúde. A líder dos democratas-cristãos acusa António Costa de ter colocado “o partido à frente do país” e ter desperdiçado uma “oportunidade única para reformar”, que lhe foi dada no início da legislatura, para fazer “escolhas setoriais em vez de investir no interesse nacional”, o que levou ao “caos” e a uma “insatisfação social crescente”.

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