Num momento em que as notícias de política estão a ser dominadas pela injeção de 850 milhões de euros do Estado no Novo Banco sem ter sido concluída uma auditoria à instituição, o primeiro-ministro foi à maior fábrica automóvel do país lançar a candidatura do Presidente da República a um segundo mandato.
António Costa quer regressar à Autoeuropa em 2021 com o Presidente da República (PR) já reeleito. O desejo de António Costa foi hoje expresso durante uma visita em conjunto à fábrica da Volkswagen em Palmela, distrito de Setúbal.
“Estabeleceu-se uma nova tradição que à Autoeuropa o primeiro-ministro e o Presidente da República vêm em conjunto: foi assim em 2016 no primeiro-ano de mandato do PR; foi agora também, no último ano do atual mandato do Presidente da República”, começou por dizer o primeiro-ministro esta quarta-feira, 13 de maio. As eleições presidenciais estão marcadas para janeiro de 2021.
“Há bocado foi lançado o desafio que na próxima vez devíamos partilhar no conjunto de colaboradores da Autoeuropa uma refeição no refeitório, e como não há duas sem três, cá devemos voltar outra vez”, afirmou.
“Disse que tinha uma boa data simbólica a propor para a terceira visita e partilhar a refeição: viemos cá no primeiro ano do mandato do PR, viemos cá no último ano do atual mandato do PR, a terceira data é óbvia é no primeiro ano do próximo mandato do Presidente”, expressou o primeiro-ministro.
“Faço-me desde já convidado para acompanhar o senhor Presidente da Autoeuropa e todos os seus colaboradores para aqui virmos para o ano partilhar essa refeição, o Presidente já experimentou o pastel de bacalhau e eu fiquei com vontade de experimentar uma refeição completa”, de acordo com António Costa, que discursou na presença do Presidente.
Depois destas declarações, Marcelo foi questionado sobre se prevê regressar à Autoeuropa, isto é, se acredita que consegue ser reeleito para um segundo mandato presidencial de cinco anos. “Cá estaremos em qualquer caso, não nos podemos substituir à vontade do povo português. A vontade de todos nós é estarmos cá e fazermos o que temos de fazer para que aquilo que é o exemplo da Autoeuropa, foi em 2016 e é hoje, seja em 2021, 2022, 2023 e por aí adiante”.
Questionado sobre a sua recandidatura, Marcelo disse não querer “aprofundar essa matéria”. “O que se passa no mundo, na Europa, e em Portugal exige que as pessoas saibam sacrificar os seus interesses pessoais, fazendo passar à frente o interesse coletivo”.
“É prematuro estar a falar agora desta matéria, o que importa é a vontade de trabalharmos em conjunto, e este exemplo da vinda à Autoeuropa é um de muitos exemplos de todos os dias desse trabalho em conjunto”, entre o Presidente e o primeiro-ministro.
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