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Covid-19: APED assegura reposição de produtos nos supermercados “dentro da normalidade”

As grandes superfícies e supermercados que são associados da APED têm registado um aumento da procura de produtos, “tendo sido sempre assegurada a sua reposição”.
11 Março 2020, 18h50

A APED – Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição garante que a reposição de produtos nas prateleiras de supermercados está a ser efetuada “dentro da normalidade”.

De acordo com um ponto da situação da associação presidida por Gonçalo Lobo Xavier, a que o Jornal Económico teve acesso, “os associados da APED têm registado um aumento da procura de produtos, tendo sido sempre assegurada a sua reposição”.

“Este aumento é semelhante ao registado em situações anteriores e compreensível pelas medidas assumidas para controlo da situação e que implicam a permanência dos consumidores nas suas casas”, adianta a referida nota.

A associação presidida por Gonçalo Lobo Xavier sublinha que, “por ser um setor que reconhece a sua ampla responsabilidade junto do consumidor, as empresas têm implementados procedimentos e planos de contingência robustos e eficientes, tendo sido reforçadas as medidas de higienização e a formação de equipas, para que a experiência em loja continue a decorrer em segurança e com normalidade”.

A APED admite que, “evidentemente que com um maior afluxo repentino e aumento da procura em alguns produtos, a logística tem de se adaptar a estas alterações para que a reposição se faça rapidamente de modo a satisfazer as necessidades dos consumidores”.

Mas garante que “isso está a ser feito e dentro da normalidade”.

Diversas fontes contactadas pelo Jornal Económico têm relatado alguma pressão da procura dos consumidores nas grandes superfícies em relação a certo tipo de produtos, como conservas e enlatados, massas, produtos de higiene, papel higiénico, toalhetes e lenços, com relatos de prateleiras mais vazias que o habitual.

Na região da Grande Lisboa, a questão do abastecimento das grandes superfícies está a ser agravada pela greve geral em curso dos estivadores, obrigando ao desvio dos navios e das mercadorias para outros portos, com destaque para o porto de Setúbal.

Perante o cenário de intransigência negocial entre operadores portuários e o SEAL, o sindicato de estivadores, para desbloquear a greve e a crescente incerteza em torno da evolução do Covid-19, o Governo poderia ser levado a a decretar a requisição civil no porto da capital, mas fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação garantiu ao Jornal Económico que “esse cenário não está a ser ponderado”.

Atualizado dia 12 de março de 2020, pelas 17h23m

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