Os economistas do ISEG antecipam que se o desempenho da economia nos dois primeiros meses do ano não deverá ter sido afetada pela propagação do surto do COVID-19 a nível global, em março os efeitos já se deverão sentir e alertam para a “incerteza” sobre a dimensão do impacto no crescimento económico, mundial, europeu e nacional.
“Relativamente ao primeiro trimestre, se se admite que janeiro e fevereiro possam não ter sido afetados, já em março alguns impactos negativos começarão a ser sentidos, nomeadamente na atividade turística, em setores ligados ao comércio externo e até mesmo no consumo privado, o que irá limitar o crescimento do trimestre, ainda que de forma provavelmente reduzida”, explicam os economistas na síntese de conjuntura do ISEG de fevereiro, divulgada esta sexta-feira.
Os economistas salientam que a evolução dos indicadores disponíveis para janeiro e fevereiro não foi desfavorável em Portugal e na zona euro, “mas a irrupção europeia da epidemia do coronavírus no final de fevereiro provavelmente terá um impacto económico negativo já em março, limitando o crescimento do primeiro trimestre”.
“Nos meses seguintes, tudo irá depender do desenvolvimento da epidemia à escala mundial e internamente, da adaptação da atividade social e económica a essa realidade e das disrupções que possa vir a introduzir na atividade económica”, justificam, acrescentando que a “extensão espacial e temporal” será um fator importante para determinar “se se trata de um desaceleração mais ou menos profunda e mais curta ou mais prolongada”.
Os economistas atiram para depois do primeiro trimestre uma projeção quantificada para a nova conjuntura.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com