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Pandemia levou a tombo de 14,8% na atividade económica regional entre março e novembro de 2020

Dados do INE, revelados esta sexta-feira, revelaram que no conjunto das regiões portuguesas, a atividade económica tombaram significativamente. Algarve Madeira e Área Metropolitana de Lisbao viram a atividade económica cair mais do que a média nacional. Maiores tombos verificaram-se em atividades de alojamento e atividades artísticas, desportivas e recreativas.
15 Janeiro 2021, 12h54

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta sexta-feira o resultado dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19 nos primeiros oitos meses, desde que o novo coronavírus começou a propagar-se no país. Entre março e novembro de 2020, Portugal registou um tombo homólogo de 14,8% na faturação da atividade económica, no global das regiões.

De acordo com o relatório sobre a atividade económica regional no contexto da pandemia Covid-19, regiões como o Algarve (-29,1%), a Região Autónoma da Madeira (-21,9%) e a Área Metropolitana de Lisboa (-18,4%)  viram a atividade económica tombar mais do que a média nacional.

“Em Portugal e em todas as NUTS II, esta contração foi mais acentuada de março a maio (-23,1% em Portugal), período coincidente com a fase de confinamento associado ao primeiro Estado de Emergência”, lê-se no relatório.

As áreas mais afetadas pela pandemia estão relacionadas abarcam as atividades de alojamento e atividades artísticas, de
espetáculos, desportivas e recreativas. Estas atividades representaram “menos de metade do valor faturado no mesmo período de 2019”

“Em 21 das 25 NUTS III, as atividades de alojamento também foram o ramo com maior contração homóloga de faturação. Inversamente, em 12 sub-regiões, o ramo Informação e comunicação apresentou o desempenho mais positivo”, acrescenta o INE.

O INE evidenciou que os dados estão correlacionados com o número de casos confirmados por 100 mil habitantes nas 25 regiões NUTS III, entre março e novembro do ano passado. As sub-regiões Tâmega e Sousa e Área Metropolitana do Porto, onde se observou um número de casos confirmados por 100 mil habitantes superior ao valor do país, nos oito meses analisados, registaram “uma redução do valor faturado inferior à do país”.

Já as regiões do Algarve, Região Autónoma da Madeira e Alentejo Litoral “apresentaram um número de casos confirmados abaixo da média do país e uma contração do valor faturado relativamente mais acentuada”.

Os dados apresentados pelo INE foram obtidos através do sistema da Autoridade Tributária E-fatura, para avaliar o comportamento da economia numa perspetiva regional, “no período de março (início dos efeitos económicos da pandemia) a novembro de 2020 (último mês disponível) face a igual período de 2019”.

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