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Covid-19: Madeira diz que maior impacto da Omicron na África do Sul foi a suspensão dos voos da Europa

O Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Austrália, e Canadá foram alguns dos países que avançaram com medidas restritivas à África do Sul. O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa diz que a vida na África do Sul, que possui cerca de 400 mil madeirenses, segue com a normalidade possível. “A economia funciona. O comércio está todo aberto. Não foram anunciadas medidas adicionais às existentes. A única medida que se mantém é o recolher obrigatório entre as 24h00 e as 4h00 da manhã”, explica Rui Abreu.
30 Novembro 2021, 08h25

A suspensão dos voos da Europa tem sido o maior impacto da nova variante da Covid-19, a Omicron, na África do Sul, país que possui uma comunidade madeirense de cerca de 400 mil pessoas, de acordo com o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu.

“Para já os impactos são poucos. O maior impacto foi a suspensão dos voos da Europa para a África do Sul. Inacreditavelmente, e apesar de a comunidade ter uma grande dimensão, ultrapassando os 400 mil madeirenses residentes em terras sul-africanas, Portugal não tem voos diretos para a África do Sul há já 12 anos”, disse Rui Abreu.

Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Austrália, e Canadá foram alguns dos países que avançaram com várias medidas restritivas para passageiros que passaram pela África do Sul depois do surgimento da nova variante do coronavírus, Omicron.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul já criticou as várias restrições que foram aplicadas ao país devido à nova variante do vírus.

“A ciência de excelência deve ser aplaudida e não punida”, disse o governante citado pela BBC.

O governante refere que as restrições aplicadas por várias países à África do Sul se devem à sua “avançada técnica de sequenciação de genoma que permitiu detetar uma nova variante mais rapidamente”, acrescentando que a reação tem sido completamente diferente quando novas variantes são descobertas noutros locais, citado pela BBC.

África do Sul segue na normalidade possível

“Os portugueses para chegarem a Portugal têm de voar em outras companhias aéreas europeias, que neste momento suspenderam os voos. Esse foi o grande impacto”, reforçou o diretor regional.

Rui Abreu sublinha que apesar de alguns constrangimentos a vida segue com a normalidade possível na África do Sul.

O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa vinca que os relatos que tem recebido são de serenidade.

“A economia funciona. O comércio está todo aberto. Não foram anunciadas medidas adicionais às existentes. A única medida que se mantém é o recolher obrigatório entre as 24h00 e as 4h00 da manhã”, explica Rui Abreu.

O diretor regional contudo refere que será natural que o governo da África do Sul “venha a tomar algumas medidas adicionais”, tendo em conta as circunstâncias e especificidades daquele país.

“Na África do Sul, o verão começa agora, com dezembro e janeiro a corresponder aos nossos meses de julho e agosto. Há férias grandes, há verão, há calor, há a corrida às praias, há as festas de natal e do fim do ano. O governo apelou na passada quarta-feira para que os festejos fossem feitos em espaços ao ar livre e não em espaços fechados, e fez um grande apelo à vacinação”, disse Rui Abreu.

O diretor regional diz também que a falta de vacinas não é um problema que se coloque, contudo admite que existe alguma resistência à vacina contra o coronavírus.

“Sei que já foram administradas cerca de 25 milhões de doses de vacina. Aliás, a África do Sul produz a própria vacina que é a da Johnson e não me parece que a falta de vacinas seja o problema. O problema será convencer alguma da população que é necessário se vacinar”, afirmou Rui Abreu.

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