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Covid-19: Mário Centeno diz que zona euro está disponível para flexibilizar regras orçamentais

“O que temos nas mãos ainda é uma crise de saúde e, claro, seria totalmente irresponsável da nossa parte e, na verdade, negligente, deixar a situação transformar-se numa crise de confiança e numa crise financeira por causa da inação”, disse o presidente do Eurogrupo, em entrevista ao “Financial Times”.
Cristina Bernardo
13 Março 2020, 11h28

Os ministros das Finanças da zona euro estão a preparar um pacote de medidas fiscais para mitigar as consequências económicas do surto do novo coronavírus (Covid-19), disse o presidente do Eurogrupo, em entrevista ao “Financial Times” (FT) divulgada esta sexta-feira.

Mário Centeno avançou ao jornal britânico que os países da moeda única vão dar ‘luz verde’ a uma resposta política que deverá significar um estímulo “muito maior” do que o agregado de 27 mil milhões de euros anunciado pela presidente do Banco Central de Europeu (BCE).

O ministro das Finanças português considera, em declarações ao jornal britânico, que é necessária uma resposta política poderosa dos ministros das Finanças e dos bancos centrais, pelo que a zona euro vai flexibilizar as regras orçamentais para ajudar as economias a combater o Covid-19.

“O que temos nas nossas mãos ainda é uma crise de saúde e, claro, seria totalmente irresponsável da nossa parte e, na verdade, negligente, deixar a situação transformar-se numa crise de confiança e numa crise financeira por causa da inação”, disse Mário Centeno ao FT.

O governante espera que na segunda-feira os ministros das Finanças da zona euro acordem apoios em três âmbitos: apoio à saúde e proteção civil; famílias e trabalhadores (através de subsídios de desemprego e compensação por menos horas de trabalho, por exemplo); empresas que enfrentam escassez de liquidez.

“Teremos um número considerável em termos de ação fiscal, que está relacionado com uma maior flexibilidade – na verdade, como eu disse, flexibilidade sem limites – mais a ação do BCE e os instrumentos financeiros que completarão o pacote de políticas económicas (…) Espero um conjunto muito grande de medidas”, esclareceu o presidente do Eurogrupo.

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