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Covid-19: PEV defende afixação de informação “intensiva e generalizada” sobre novo coronavírus

O grupo parlamentar do PEV sugere que os conselhos de prevenção e os procedimentos a adotar relativamente ao novo coronavírus (Covid-19) sejam afixados, “com uma linguagem clara”, em todos os serviços públicos e locais de contacto com o público.
  • DR Reuters
3 Março 2020, 12h31

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) recomenda ao Governo que promova “urgentemente” a difusão de informação “intensiva e generalizada” sobre o novo coronavírus (Covid-19). O grupo parlamentar do PEV sugere que os conselhos de prevenção e os procedimentos a adotar sejam afixados, “com uma linguagem clara”, em todos os serviços públicos e locais de contacto com o público.

“As medidas de prevenção são fundamentais para estes casos e, nesse sentido, é importante que seja feita uma informação massiva à população, de modo a que se possam ter os cuidados devidos, tanto quanto possível, no sentido de se assumirem comportamentos preventivos adequados (nem descuidados, nem alarmistas)”, defende o PEV num projeto de resolução entregue esta segunda-feira na Assembleia da República.

Além disso, o PEV sublinha ainda a necessidade de que “a generalidade dos cidadãos saiba que procedimentos tomar no caso de ter sintomas que mereçam o alerta”.

Os ecologistas dão conta de que, nas escolas e noutros serviços públicos, bem como em empresas, transportes e locais de atendimento e contacto com o público “não está afixada, nem existe uma informação generalizada sobre as atitudes que se devem tomar, a propósito do coronavírus, quer para efeitos de prevenção, quer para efeitos de reporte às autoridades de saúde, em caso de sintomas”.

Em Portugal, há já dois casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. Trata-se de dois homens, um de 60 e outro de 33 anos. O homem de 60 anos regressou de férias em Itália e está internado no Hospital de Santo António, no Porto. Já o homem de 33 anos regressou de Valência, em Espanha, e está em isolamento no Hospital de São João, também no Porto.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, diz que ainda não é possível antecipar um pico do vírus em Portugal, tendo em conta que ainda não são conhecidas as dinâmicas de propagação do vírus. “Todos os coronavírus deste século tiveram comportamentos diferentes. Vamos tomar todas as medidas para contrariar o vírus  e a sua atividade”, afirmou Graça Freitas.

O novo coronavírus foi identificado em final de 2019, em Wuhan, tendo-se alastrado por todos os continentes. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, o SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave) já infetou 90.663 pessoas em todo o mundo, das quais morreram 3.124.

A China é o país mais afetado, com 2.946 mortes confirmadas. Seguem-se o Irão (66 mortos) e a Coreia do Sul (34). Na Europa, Itália é o país mais afetado, com 1.835 casos de infeção confirmados e 52 mortos.

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