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Covid-19: reforçada capacidade no aeroporto de Lisboa, mas ANA apela a testagem noutros locais

Concecionária dos aeroportos duplicou os meios de testagem à Covid-19 no aeroporto de Lisboa, este fim de semana, mas, face à “procura elevada”, apelou aos passageiros para que privilegiem outros locais para realização do teste.
2 Janeiro 2022, 15h32

A ANA duplicou os meios de testagem à Covid-19 no aeroporto de Lisboa, este fim de semana, mas, face à “procura elevada”, apelou aos passageiros para que privilegiem outros locais para realização do teste.

“Apesar do reforço de meios e aumento de capacidade para este fim de semana, a procura continua elevada. Assim sendo, solicitamos que os passageiros realizem o teste antes de virem para o aeroporto e que esta não seja considerada como primeira opção”, disse à agência Lusa fonte oficial da ANA – Aeroportos de Portugal.

Segundo a concessionária, “os passageiros que pretendam realizar teste no aeroporto devem proceder ao seu agendamento prévio no ‘website’ da Synlab”, sendo que “será dada prioridade aos passageiros com voo para o próprio dia”.

Avançando terem sido realizados “cerca de 2.200 testes” no sábado, 1 de janeiro, a ANA disse que este domingo já foram feitos “mais de 800”, estando “a funcionar 10 postos de atendimento” e tendo sido “duplicados os meios existentes”.

Imagens televisivas transmitidas no sábado à tarde mostravam enormes filas de pessoas à espera para fazerem o teste à covid-19 no Aeroporto Humberto Delgado, numa situação que se mantém este domingo.

A Synlab, entidade responsável pelo centro de testagem do aeroporto de Lisboa, assegurou no sábado à Lusa que iria testar todos os passageiros, com e sem marcação, adiantando, cerca das 23:00, que já tinham sido testadas 1.800 pessoas, um novo máximo.

“Pretendemos testar hoje [sábado] todos os passageiros, com e sem marcação, que aguardam no aeroporto de Lisboa, para não ficar ninguém impedido de viajar”, afirmou fonte oficial da empresa em resposta, por escrito, a questões colocadas pela Lusa.

Segundo a mesma fonte, àquela hora o centro de testagem no local já deveria estar encerrado, mas mantinha-se em funcionamento e tinha já superado o anterior máximo de testagem de 1.600 pessoas, registado no dia 25 de dezembro.

De acordo com a Synlab, as filas de espera resultaram do facto de o centro de testagem do aeroporto ter sido o único local aberto no primeiro dia do ano para se efetuarem testes à covid-19.

“Apesar de o serviço estar aberto em exclusivo a passageiros, regista-se também uma necessidade acrescida de testagem para os passageiros dos numerosos voos de regresso após as férias de Natal e fim de ano”, indicou.

Segundo o município de Lisboa, nenhum dos 11 postos móveis de testagem gratuita geridos pela autarquia está hoje a funcionar, uma vez que encerram aos domingos e aos feriados.

A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.976 pessoas e foram contabilizados 1.412.936 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

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