A fabricante japonesa de automóveis Toyota Motor decidiu hoje adiar a retoma total das suas operações na China devido ao surto do coronavírus Covid-19, prolongando uma suspensão que vigora desde final de janeiro.
O maior construtor japonês do setor automóvel opera quatro fábricas de montagem na China, que foram temporariamente encerradas para o ano novo chinês, e cuja reabertura foi adiada, devido a problemas no fornecimento de componentes, face ao surto do novo coronavírus.
A Toyota decidiu reabrir três das quatro fábricas, na segunda-feira, mas a operar a meia capacidade, enquanto a quarta, localizada em Chengdu, no oeste da China, pode voltar a operar na próxima semana, explicou hoje um porta-voz da empresa.
A mesma fonte disse que a empresa não definiu ainda quando vai operar na capacidade total, afirmando que a situação em cada fábrica depende de várias circunstâncias logísticas e das diretrizes das autoridades chinesas.
A empresa possui outras oito fábricas de motores e autopeças, cuja operação foi também temporariamente suspensa ou reduzida.
O surto do Covid-19 também afetou o segundo maior fabricante japonês, a Nissan Motor, que atrasou a reabertura de quatro fábricas na China até pelo menos o início da próxima semana.
Outras empresas japonesas do setor automóvel, como a Honda ou Isuzu, foram forçadas a tomar medidas semelhantes, devido a interrupções no fornecimento e outros obstáculos logísticos na China, de onde são oriundas 30% das importações japonesas de autopeças.
O número de mortes na China causadas pelo coronavírus subiu para 1.665, depois de a Comissão Nacional de Saúde daquele país ter anunciado hoje mais 142 casos fatais nas últimas 24 horas.
Já o número de infetados na China continental (que exclui Macau e Hong Kong) é agora de 68.500, verificando-se um aumento de 2.009 casos nas últimas 24 horas.
Com estes números, o total de mortes a nível mundial é de 1.669. Além dos 1.665 mortos na China continental, há a registar um morto na região especial administrativa chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão e um em França.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
Em Portugal, surgiram até agora sete situações suspeitas, mas nenhum caso se confirmou.
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