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Covid-19. Trabalhadores com menos de 25 anos revelam níveis de insegurança laboral mais elevados, aponta estudo

São os mais jovens que revelam níveis mais elevados de insegurança laboral. Mas entre os inquiridos, a insegurança relacionada com o receio de perder ou reduzir condições e qualidade do trabalho, é superior ao receio de perder o emprego. É entre as mulheres que se regista um maior receio em perder o emprego.
5 Agosto 2020, 09h56

A pandemia da Covid-19 tem gerado efeitos económicos nefastos e levantado receios junto da população laboral nacional em todas as áreas de atividade. Neste sentido, são os trabalhadores mais jovens, com idade inferior a 25 anos, que apresentam níveis mais elevados de insegurança laboral, segundo as conclusões de um estudo da Universidade Europeia sobre segurança no trabalho em contexto de pandemia, divulgado na terça-feira.

Aos receios dos mais jovens, acresce que os trabalhadores com vínculos laborais mais precários – seja por contratos a termo certo com empresas de trabalho temporário ou por contratos a termo – são os que “apresentam uma perceção de insegurança laboral mais elevada”.

Ou seja, segundo a análise da Universidade Europeia, “a insegurança relacionada com o receio de perder ou reduzir condições e qualidade do trabalho, é superior ao receio de perder o emprego”.

Já quanto à questão sobre que género apresenta maiores receios de insegurança laboral, concluiu-se que as mulheres revelam uma insegurança laboral “significativamente mais elevada do que os homens”. Ou seja, o estudo concluiu que o receio de perder o emprego e o receio em perder ou ver reduzida a qualidade das condições de trabalho, é superior entre as mulheres.

Quando a análise recaiu sobre as perceções de segurança ou insegurança laboral entre quem trabalha em regime de teletrabalho e quem não está em trabalho remoto, verificou-se que a maior parte da população que não está em teletrabalho revelou maior insegurança laboral.

Contudo, num contexto macroeconómico pós-pandemia, o estudo da Universidade Europeia concluiu que “a maior parte da população inquirida sente-se segura no trabalho face à ameaça da pandemia e concorda que a empresa na qual trabalha manterá todos os postos de trabalho e assegurará as condições de segurança no trabalho necessárias face às ameaças da Covid19”.

Ou seja, “o estudo deparou-se com um contexto de alguma tranquilidade e otimismo no que concerne à segurança nas condições de trabalho e no emprego”, apesar dos receios apurados entre os inquiridos.

As conclusões do estudo da Universidade Europeia basearam-se nas respostas de 1.519 inquiridos.

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