A vacina contra a Covid-19 da Moderna, que foi considerada 94,5% eficaz na prevenção da doença em ensaios clínicos foi desenvolvida em apenas dois dias, segundo a Business Insider, esta quinta-feira, 26 de novembro.
Além do tempo recorde em que a vacina foi desenvolvida, o mais impressionante remete para o mês em que foi criada: em janeiro, antes de algumas pessoas sequer terem ouvido falar no vírus. Segundo a “Business Insider” não teria sido possível sem a tecnologia em que a Moderna aposta desde a sua fundação: as vacinas de RNA mensageiro (mRNA).
“O que podemos fazer é tornar isto numa forma totalmente nova de fazer medicamentos, vacinas, quase tudo”, apontou Bob Langer, um dos fundadores da Moderna à Business Insider.
O RNA mensageiro é um material genético que informa às células como produzir proteínas. Portanto, a vacina contra o coronavírus da Moderna foi construída através de uma injeção de um pequeno extrato de mRNA da Covid-19 que codifica a proteína spike do vírus. Essa proteína ajuda a despertar o coronavírus e a invadir as células. A vacina de mRNA da Moderna estimula o corpo a produzir internamente a proteína spike, o que desencadeia uma resposta imunológica.
Além da Moderna também a Pfizer, que a empresa diz ser 95% eficaz , utiliza o mRNA. A utilização deste material genético pelas empresas significa que precisam apenas da sequência genética da Covid-19 para fazer uma vacina – nenhum vírus vivo precisou ser cultivado em laboratórios. Por este motivo, ambas empresas conseguiram progredir em tempo recorde. Em contraste, para a maioria das plataformas de vacinas tradicionais, o processo pode levar anos .
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