O deputado do PSD Paulo Moniz considerou que a CPI provou que houve ingerência do Estado na gestão da TAP na apreciação do relatório final da comissão parlamentar de inquérito.
“Ficou provado na CPI que o Estado nunca procurou verdadeiramente alternativas que não passassem pela intencional nacionalização, nunca tendo explorado devidamente outras possibilidades de obtenção de liquidez”, frisou Paulo Moniz.
O social democrata recordou que “a nacionalização da empresa, a injeção dos 3.200 milhões de euros e o pagamento de 55 milhões de euros a David Neeleman resultam da decisão em 2016 de recompra de parte do capital”.
“Ficou provada que a ingerência do Estado nas diversas áreas e em todos os momentos e por todos os meios foi ostensivamente constante e continuada”, defendeu.
Como exemplo de ingerência Paulo Moniz referiu “as abundantes trocas de mensagens por whatsapp para todo o tipo de decisões, o pedido para desviar o voo do Presidente da República, a indicação para não se proceder à renovação da frota automóvel, o embuste do pedido de esclarecimentos por parte dos Ministérios das Infraestruturas e das Finanças à TAP, que viria a ser redigido em conjunto com o Secretário de Estado das Infraestruturas Hugo Mendes são exemplos graves e elucidativos”.
“Assim se percebe a insistência em todas as frentes, na narrativa propagandística do PS em querer cingir-se a uma leitura estreita e convenientemente simplista daquilo que entende ser o objeto da Comissão”, afirmou Paulo Moniz.
O deputado do PSD apontou ainda que “a CPI teve ainda o mérito de dar o contributo para que as portuguesas e os portugueses pudessem avaliar, por si mesmos, o grau de amadorismo com que o Estado – que é o PS – gere a coisa pública”.
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