As más notícias não descanso às ações do Credit Suisse. O banco emitiu um “profit warning” e as ações do banco suíço estão a cair 1,33%.
É de destacar que o Credit Suisse já afundou mais de 13% desde a saída de António Horta-Osório do cargo de presidente do conselho de administração.
O banco cotado na bolsa de Zurique fechou a 8,28 francos suíços na sessão anterior à demissão do gestor português. Na sessão de segunda-feira, fechou nos 8,28 francos suíços, uma queda de 13,3% neste período. Se a conta for feita com o valor mais baixo da sessão desta terça-feira, a queda atinge os 15,3% para 8,09 francos suíços.
A queda desta terça-feira tem lugar depois o banco emitir hoje um aviso ao mercado que os resultados do quarto trimestre vão ser consumidos por uma provisão de 500 milhões de francos suíços (482 milhões de euros) para acautelar potenciais perdas em litígios dos clientes nos processos de que o banco é alvo.
As provisões para estes custos vão levar os resultados líquidos do Credit Suisse para valores em redor de zero, alertou o banco, que mencionou ainda uma queda na atividade de gestão de patrimónios, com os resgates a superarem as subscrições.
O Credit Suisse vai apresentar resultados no dia 10 de fevereiro.
“O Credit Suisse Group anunciou hoje que os lucros reportados para o quarto trimestre de 2021 serão impactados negativamente por provisões de litígios de aproximadamente 500 milhões de francos suíços, parcialmente compensados por ganhos nas vendas de imóveis de 225 milhões de francos suíços”, disse o banco em comunicado citado pelo CNBC.
“Essas provisões para litígio foram constituídas por causa dos vários casos em que o Grupo procurou acordos de forma mais proativa e relacionam-se principalmente com litígios judiciais com origem nos negócios de banca de investimento”, diz o Credit Suisse.
O Credit Suisse acrescentou que isso deve colocar o resultado antes dos impostos do Grupo nos últimos três meses do ano “aproximadamente no breakeven”.
O segundo maior banco da Suíça também alertou para uma redução nas receitas de negociação na atividade de banca de investimento e gestão de patrimónios. O Credit Suisse atribuiu isso tanto a uma desaceleração sazonal quanto a uma “reversão nas condições mais normais de mercado” após os volumes excepcionalmente altos observados em 2020 e 2021.
O banco de investimento está também a caminho de registar uma perda resultante de uma redução do apetite ao risco e da saída do negócio de Prime Services – prestação de serviços aos fundos institucionais e que inclui, para além da tradicional corretagem, financiamento, custódia, compensação e consultoria, quer para hedge fundos quer para outros clientes institucionais. O banco conta com um prejuízo de 1,5 mil milhões de francos suíços para esta divisão.
O Credit Suisse esteve envolvido nos escândalos do colapso do hedge fund Archegos Capital Management e da falência do fundo de investimento Greensill Capital (onde o Crédit Suisse tinha uma participação de dez mil milhões de dólares).
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