O presidente executivo do UBS afirmou nesta quarta-feira, citado pela Reuters, que a aquisição do Credit Suisse no ano passado, que foi orquestrada pelas autoridades suíças, “não foi o negócio do século” e que há um trabalho árduo a ser feito para uma integração bem sucedida.
“Para sermos o negócio do século, temos de trabalhar arduamente nos próximos dois ou três anos”, afirmou Sergio Ermotti, ao participar num painel de discussão no Fórum Económico Mundial em Davos.
“Não é um presente, nada é de graça, por isso ainda há muito trabalho a fazer”.
CEO do UBS diz que o público suíço foi “doutrinado” a preocupar-se com o balanço do banco. O UBS concluiu a aquisição do Credit Suisse em junho de 2023, depois de as autoridades suíças terem negociado um acordo de salvamento para evitar o colapso da instituição de 167 anos e proteger a economia suíça. Ermotti foi reconduzido ao comando do UBS para supervisionar a complexa integração da atividade do Credit Suisse, uma missão até agora considerada um sucesso retumbante pelo mercado.
O CEO do UBS, Sergio Ermotti, disse também que as pessoas preocupadas com a dimensão do balanço do banco estão a ser “doutrinadas” por académicos e deviam “fazer os seus trabalhos de casa”.
O UBS concluiu a aquisição do Credit Suisse em junho de 2023, depois que um acordo de resgate de emergência foi intermediado pelas autoridades suíças para evitar o colapso da instituição de 167 anos e proteger a economia suíça.
Em declarações à CNBC, à margem do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, na quarta-feira, Ermotti disse compreender por que razão uma parte da população suíça ainda tem reservas, uma vez que está a ser “doutrinada quase diariamente por muitos académicos” que se concentram apenas na dimensão do balanço do banco em relação ao PIB nacional.
Estima-se que o balanço combinado da nova entidade seja cerca de duas vezes superior ao PIB total da Suíça, o que suscita preocupações quanto à concentração de riscos na economia suíça.
No mesmo painel em Davos, onde participou o CEO do UBS, participou Mary Callahan Erdoes, CEO da divisão de gestão de activos e patrimónios do banco norte-americano JP Morgan, que afirmou que as taxas de juro irão provavelmente manter-se mais elevadas durante mais tempo e que os mercados devem preparar-se para uma enorme volatilidade.
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