Credit Suisse pede ajuda ao Banco Nacional da Suíça depois de uma queda de 30% em bolsa

O banco suíço, que chegou a perder até 30% do seu valor de mercado nesta manhã pediu ao Banco Nacional Suíço (SNB) uma demonstração pública de apoio.  A notícia é avançada pelo Financial Times. O Credit Suisse pediu ao regulador suíço Finma um movimento semelhante, de acordo com o mesmo jornal que cita fontes.

O Credit Suisse está agora a cair menos em bolsa, pouco mais de 20%. O preço está em mínimos históricos abaixo de dois francos suíços. As ações do banco de Zurique, um dos 20 maiores da Europa e um dos 50 maiores do mundo, caíram pela primeira vez abaixo dos 2 francos suíços (2,04 euros) a meio da manhã, mas continuaram em queda livre.

O maior problema que o Credit Suisse enfrenta agora é a fuga de património dos clientes de alto rendimento. O “efeito medo” está a acentuar a fuga de fundos que o banco estava a tentar travar com a implementação do plano de reestruturação que inclui a  redução da atividade à gestão de patrimónios.

O Credit Suisse tem vindo a perder clientes em grande escala desde outubro de 2022. Apenas no quarto trimestre, foram retirados depósitos no valor de 110 mil milhões de francos suíços.

As ações do Credit Suisse caíram até 30% na quarta-feira, apesar das tentativas do líder do segundo maior banco da Suíça de tranquilizar os investidores num mercado em que o sector bancário está em ebulição.  O Chairman, Axel Lehmann, no entanto, garantiu que o banco não precisa de ajuda do Governo. “Não é um problema”, já que a entidade tem “rácio financeiros sólidos”, disse Lehmann numa conferência para na Arábia Saudita.

O investidor saudita, Saudi National Bank, disse que antevê que o valor da sua participação vai cair a pique nos próximos meses. Aquele que é o maior financiador do Credit Suisse disse também que não fornecerá mais ajuda financeira ao banco, já que uma participação maior traria obstáculos regulatórios adicionais.

Os mercados estão agora a fixar a probabilidade de incumprimento em 47% para o Credit Suisse, segundo a cotação dos Credit Default Swaps.