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Crédito à habitação cresce 8,1% em julho, o maior desde agosto de 2008

O crédito à habitação está imparável. Em julho  os empréstimos para habitação tiveram um crescimento de 8,1%, o maior desde agosto de 2008. Já os empréstimos a empresas cresceram 3,5% em julho, ligeiramente menos do que no mês anterior.
28 Agosto 2025, 12h20

O Banco de Portugal publicou hoje as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares atualizadas para julho de 2025.

O crédito à habitação está imparável. Em julho  os empréstimos para habitação tiveram um crescimento de 8,1%, o maior desde agosto de 2008.

Já os empréstimos a empresas cresceram 3,5% em julho, ligeiramente menos do que no mês anterior.

Em detalhe, no mês passado, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 8,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. “Trata-se da maior taxa de variação anual desde agosto de 2008”, revela o BdP.

O stock de empréstimos para habitação aumentou 986 milhões de euros relativamente a junho, totalizando 106,3 mil milhões no final de julho. Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a trajetória de aceleração, com um crescimento de 8,1%, o mais elevado desde agosto de 2008, acrescenta o banco central.

Por sua vez, o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 158 milhões de euros relativamente a junho, para 32,8 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 7,7%, abaixo do registado no mês anterior (7,9%).

A taxa de variação anual foi de 7,0% nos empréstimos para consumo e de 9,0% nos empréstimos para outros fins, revela o Banco de Portugal.

Quanto aos detalhes adicionais relativos ao crédito ao consumo e outros fins, o banco central diz que verificou-se que, no final de julho, o stock de crédito pessoal totalizava 13 mil milhões de euros, mais 73 milhões do que em junho.

Relativamente ao mês homólogo, o crescimento foi de 7,2%, idêntico ao observado no mês anterior, acrescenta o BdP.

O crédito automóvel fixou-se em 8,8 mil milhões de euros, mais 72 milhões de euros do que em junho, e apresentou uma taxa de variação anual de 9,9%.

Já os cartões de crédito totalizaram 3,3 mil milhões de euros, menos 26 milhões de euros do que em junho, e registaram uma taxa de variação anual de 7,7%.

Crédito a empresas cresce face ao ano anterior mas cai face a junho

Olhemos agora para os empréstimos a empresas. O stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 74,2 mil milhões de euros no final de julho, mais 113 milhões do que no final de junho. O crescimento relativamente ao período homólogo foi de 3,5%, representando um ligeiro abrandamento em relação ao mês anterior (3,6%).

As microempresas, as pequenas empresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (12,0%, 2,2% e 0,8% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter uma taxa negativa (-2,6%), revela o banco central.

Por sua vez o crédito ao setor da construção e atividades imobiliárias manteve a aceleração, com a taxa de variação anual a atingir 7,6% (7,1% em junho).

No que toca ao comércio, transportes e alojamento, a taxa de variação anual foi de 1,8%. Neste agregado, registaram-se comportamentos diferenciados: o crédito ao alojamento e restauração e o crédito ao comércio cresceram em relação ao mês homólogo (2,9% e 3,0%, respetivamente), mas o crédito ao setor dos transportes e armazenagem diminuiu em termos anuais (-2,9%), explica o BdP.


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